Partidos políticos querem «Liga Zon Sagres» em sinal aberto

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A ausência de interesse na aquisição de um jogo por jornada da «Liga Zon Sagres» está a preocupar a Oposição partidária. A notícia é avançada pelo Correio da Manhã, e cita vários deputados dos partidos com assento parlamentar na Assembleia da República.

Do lado dos partidos do governo, a deputada Francisca Almeida (PSD) defende que “não depende do Governo nem dos partidos” a emissão dos jogos em sinal aberto, mas admite “o interesse que o público tem nos jogos de futebol” e reconhece “que seria desejável” outro cenário que não a emissão exclusivamente em sinal fechado.

O CDS tem posição idêntica à da deputada do PSD, Raul Almeida diz que a vontade do partido é a da emissão em sinal aberto de um jogo por jornada, mas recusa a obrigação da RTP em apresentar proposta, aludindo aos cortes feitos na televisão do estado, “Não posso dizer para fazer contratos milionários para dar futebol, quando peço cortes”. Em desabafo, Almeida afirma-se sentir-se “triste, em particular dada à conjuntura do País, que por parte dos actores envolvidos não exista um esforço para dar este espectáculo”.

Das formações políticas mais à esquerda, a deputada socialista Inês de Medeiros, afirmou que “RTP devia ter feito uma proposta”, e acusa a a administração do operador público de “não cumprir com as suas obrigações de serviço público”. Esta ausência, afirma Medeiros, não sabe se ocorre por “por vontade própria ou por indicação”, criticando ainda o ministro dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas, por “não dar meios à RTP para cumprir o serviço público”.

Bruno Dias, do Partido Comunista Português diz que o governo “quer transformar tudo em mercadoria apenas disponível para alguns”, considerando esta posição das estações “numa situação negativa para a população”.

Do Bloco de Esquerda, Pedro Sales pede diálogo do governo “com os operadores de forma mais intensa”, acrescentando que “o desporto com maior número de espectadores deixar de estar acessível ao público em geral é inadmissível. Torna o futebol um desporto de elites”.

Da parte da ERC, Arons de Carvalho, vice-presidente da entidade e autor, em 1998, da primeira lista de eventos de interesse público, afirma que o cidadão português “fica defraudado” com esta ausência, acrescentando que esta lista foi criada para “garantir o acesso das pessoas aos eventos” e que a emissão em aberto ainda que esta matéria  “ainda não está fechada”.

Certo é que a edição 2012/2013 do campeonato português arranca já amanhã, sexta-feira e nenhum dos 3 operadores apresentou propostas, incluindo SIC e TVI, que negaram a estar a preparar uma oferta conjunta para a emissão da Liga. Sem solução, a emissão da prova esta época, parece mesmo ficar em exclusivo na Sport.tv.

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