A Polícia Judiciária de Leiria tem novas provas de que o casal transportou o corpo de Valentina até à serra D’El Rey, onde permaneceu depositado durante quase quatro dias.
As câmaras de videovigilância de uma bomba de gasolina localizada em Atouguia da Baleia, freguesia onde se deu o crime, captaram imagens do veículo conduzido por Márcia na direção da serra. De acordo com informação apurada pelo jornal Correio da Manhã, estas foram captadas pouco depois das 22 horas de quarta-feira, 6 de maio de 2020, o mesmo em que a menina morreu.
No dia seguinte, 7, o pai de Valentina comunicou o desaparecimento da filha. Disse que esta fugiu durante a noite, por vontade própria, e que só deu conta disso quando acordou. As buscas para a encontrar estenderam-se até domingo e contaram com a ajuda de vários populares. Entretanto, a Polícia Judiciária, com base no testemunho do filho de Márcia, percebeu que a hipótese de crime era viável.
Isto porque, segundo o jovem, a menina entrou na casa de banho com o casal e nunca mais a viu sair. Confrontado com esse novo dado, Sandro, progenitor de Valentina, confessou que esta morreu nessa mesma quarta-feira, mas sublinhou que tal se tratou de um acidente. Supostamente, pressionou-a para que lhe explicasse se andava a ser vítima de abusos sexuais e esta teve uma convulsão fatal. Acompanhou as autoridades ao local onde escondeu a filha e foi detido, tal como a companheira. Arriscam uma pena de 25 anos de prisão.
O resultado da autópsia comprovou que a morte pode ter-se devido a uma convulsão, mas determinou também que Valentina foi vítima de violentas agressões. Pés em água a ferver, espancamento e tentativa de asfixia são algumas delas.
