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Médicos preocupados com as sequelas deixadas pela Covid-19

Íris Neto
2 min leitura
Reprodução

A Covid-19 é ainda uma doença muito desconhecida e que causa muitas dúvidas aos investigadores. As questões que mais preocupam os médicos neste momento são as sequelas deixadas pela Covid-19.

Os pacientes recuperados da doença que estiveram internados nos cuidados intensivos com quadros clínicos mais graves podem desenvolver lesões permanentes nos pulmões, tais como a fibrose pulmonar e também lesões no cérebro.

“Nos casos em que a infeção provocada pelo novo coronavírus se torna grave, o nosso sistema imunológico, ao tentar combater o vírus, destrói algumas regiões dos pulmões”, começa por avançar o Observador.

João Cardoso, diretor do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, esteve à conversa com o mesmo jornal, e afirmou que nem todos os doentes com Covid-19 vão ficar com sequelas.

“Entre as pessoas que são internadas, a probabilidade de ficarem com lesões significativas e persistentes que perturbe o dia-a-dia é baixa“, afirmou.

Por sua vez, “nas pessoas que estiverem ventiladas, a probabilidade de ficarem com essas lesões já é maior”, acrescentou.

“Quando os doentes entram num estado mais grave, a infeção chega aos alvéolos dos pulmões, que se enchem de um líquido, dificultando a oxigenação do sangue. Nesses casos, é comum que as radiografias mostrem umas condensações, isto é, umas manchas mais claras onde o pulmão não está cheio de ar”, sublinha o médico.

Segundo os médicos, muitos doentes que saem dos cuidados intensivos, terão de ser vigiados durante meses para que se consigam perceber quais são as sequelas deixadas pela doença.