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Médico judeu trata doente nazi com Covid-19. História torna-se viral

Íris Neto
3 min leitura
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Taylor Nichols, médico judeu, recebeu um doente nazi nas urgências do hospital onde trabalha.

O médico, que trabalha no estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, fez a partilha sobre este dia inusitado nas suas redes sociais.

O médico juntamente com uma enfermeira negra e um médico asiático perceberam que a “suástica se destacava corajosamente”, no momento em que lhe tiraram a camisola.

“As tatuagens das SS e outras insígnias, antes cobertas pela camisola, agora eram óbvias para toda a sala”, escreveu o médico judeu.

‘Não me deixe morrer’, disse o homem, que apresentava sinais óbvios de abuso de metanfetaminas.

O médico assegurou-lhe que tudo faria para que ele sobrevivesse e informou-o que o iriam entubar.

Todos nós vimos. Os símbolos de ódio no seu corpo anunciavam externamente e com orgulho os seus pontos de vista. Todos nós sabíamos o que ele pensava sobre nós. De que forma é que ele valorizava as nossas vidas ”, escreveu Nichols.

“Ainda assim, aqui estávamos nós, a trabalhar como uma equipa para garantir que lhe dávamos a ele a melhor chance de sobrevivência possível. Tudo enquanto usávamos máscaras, batas, equipamento de protecção facial, luvas”, continuou o médico.

O médico confessou ainda que enquanto preparava tudo para o entubar não conseguiu deixar de pensar no que viu.

Vejo a tatuagem das SS e penso no que ele poderia pensar sobre ter um médico judeu a cuidar dele, ou no quanto ele se importaria com a minha vida se os papéis fossem invertidos”, salientou nas suas redes sociais.

Esta não é, contudo, uma situação inédita para o profissional de saúde. “Já enfrentei essas situações inúmeras vezes desde a faculdade de Medicina. Não a intubação — que, neste momento, é já uma rotina para mim e para a minha equipa. As suásticas. Os pacientes racistas. Sinto-me sempre um pouco abalado, mas entrei neste trabalho a querer salvar vidas”, relembrou.

“Nessas situações, é nisto que pensa. É uma espécie de mantra: “‘Eles vieram para aqui a precisar de um médico e, caramba, Taylor, tu és um médico‘”.

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