Pedro Melo Lopes tem apenas 30 anos e é médico no Hospital de Aveiro. É um dos muitos profissionais de saúde que, atualmente, se encontram na linha da frente a lutar contra a pandemia do novo coronavírus.
A exercer a profissão há apenas seis anos, tem já uma dura batalha em mãos. Afastou-se da família e está a morar num hotel, de modo a proteger os que mais ama de eventuais contágios. E o discurso sentido que transmite é de alguém que está a sofrer muito com tudo o que tem visto nas últimas semanas.
“O pior não são as marcas na cara, nem o calor, nem as dores de cabeça. O pior são as vidas que não somos capazes de salva”, confessou em entrevista ao jornal Correio da Manhã. “O sofrimento dói, mas a falta de ar mata”, acrescentou.
Natural de Felgueiras, Pedro aproveitou o momento para deixar um alerta a todos os portugueses. “É ingénuo pensar que só acontece aos outros. Está nas nossas mãos parar este pesadelo”, salientou. E defendeu o uso de máscaras de proteção. “Há países que já as usavam muito antes disso. Temos de nos habituar. Só assim conseguiremos travar este inimigo invisível”.
