Márcia, a madrasta de Valentina, alegou no tribunal que era vítima de violência doméstica e que foi obrigada pelo companheiro, Sandro, a participar no crime. A reconstituição do modo como o casal escondeu o corpo, porém, revela que a mulher teve oportunidade de fugir e de denunciar tudo às autoridades, mas não o fez.
Isto porque na noite de quarta-feira, 6 de maio, data na qual a menina de nove anos perdeu a vida, Sandro e Márcia colocaram o corpo da vítima no banco traseiro do carro e deslocaram-se à Serra D’El Rey. A mulher conduziu até a essa zona e deixou ficar ali o companheiro. Enquanto esteve procurou um local para esconder o cadáver, Márcia deu uma volta de automóvel para que ninguém a visse ali parada.
De acordo com a notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã, só minutos depois é que regressou ao mesmo sítio, quando Sandro já se tinha “livrado” da filha. Regressaram a casa, descansaram, e na manhã do dia seguinte deram conta do “desaparecimento”.
Acontece que durante o tempo em que Sandro ficou sozinho na serra, a cerca de nove quilómetros de casa, Márcia podia ter fugido e participado o crime às autoridades. Teve essa oportunidade, mas não o fez. Por isso, está detida e, tal como Sandro, arrisca uma pena máxima de 25 anos de prisão.
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