fbpx

Madrasta de Valentina garante que foi obrigada a participar no crime

Duarte Costa
2 min leitura

Márcia, a madrasta de Valentina, disse no tribunal de Leiria que foi obrigada pelo companheiro – e pai da menina – a participar no crime.

Segundo o jornal Correio da Manhã, Márcia, perante o juiz e sem que Sandro pudesse ouvir o que ela dizia, admitiu que ouviu os gritos da vítima e que percebeu que esta estava gravemente ferida. Porém, foi agredida e obrigada a não chamar as autoridades ou apoio médico. E teve de ajudar a esconder o corpo na área florestal onde, quatro dias depois da morte, Valentina viria a ser encontrada pelas autoridades.

Esta foi a versão contada por Márcia no tribunal. Já Sandro, e ainda de acordo com a mesma publicação, insistiu que a morte da menina foi acidental. Levou-a para a casa de banho, obrigou-a a explicar, sem a agredir, se esta era, ou não, vítima de abusos sexuais por parte de um amigo da mãe, e Valentina acabou por ter uma convulsão e morrer.

Uma tese que contraria os resultados da autópsia. Recorde-se que o exame médico feito ao cadáver permitiu concluir que a vítima foi espancada antes de morrer e que terá estado cerca de 13 horas em agonia. Acreditam as autoridades que as agressões foram feitas na manhã de quarta-feira e que a menina morreu na noite desse mesmo dia. Na quinta-feira, o pai participou o desaparecimento.

O corpo foi encontrado no domingo. O filho de Márcia, inconscientemente, deu uma importante pista à polícia. Disse que viu a menina a entrar na casa de banho, com os dois adultos, e que já não voltou a vê-la a sair. Depois de confrontarem Sandro com este facto, o pai de Valentina confessou a morte e revelou o local onde a escondeu. Arrisca uma pena de 25 anos de prisão.