Gustavo Carona, o médico anestesista e intensivista do Hospital de Matosinhos que esteve em destaque pelos apelos que lançou durante a pandemia, lembrou que o humanismo não deve existir apenas quando se vêem imagens mais fortes como as que têm chegado, nos últimos dias, da Turquia, mas sim em todos os momentos.
“Recebo muitas mensagens de pessoas que querem ir ajudar para a Turquia. É louvável, e admiro. Mas a nossa empatia pela humanidade não pode andar ao sabor dos momentos. Isto é tempo para profissionais e para se transformar empatia em donativos“, começou por escrever, durante a manhã desta quarta-feira, na rede social Instagram.
“Se daqui a um mês ou um ano me voltarem a fazer essa pergunta, eu levo-vos de mão dada até à porta das ONG’S. Ou dou-vos do meu dinheiro para a vossa mão, para salvarem uma criança, em África, da fome. O nosso humanismo tem de ser sempre, não é quando vemos imagens mais fortes na televisão. Honestidade e justiça“, acrescentou.
Gustavo Carona pediu ainda desculpa pela frontalidade.
Os sismos na Turquia e na Síria já provocaram a morte a pelo menos 9500 pessoas.
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