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Fadista Gustavo Pinto Basto justifica fado dado a André Ventura

Duarte Costa
3 min leitura
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Gustavo Pinto Basto, fadista que atuou para André Ventura e Marine Le Pen, já respondeu às críticas de que tem sido alvo nos últimos dias.

Esta quarta-feira, na rede social Instagram, o fadista Gustavo Pinto Basto explicou que a participação no jantar do partido Chega, liderado por André Ventura, não significa o seu apoio ao candidato presidencial, já que a sua postura, enquanto cantor, “não tem nem nunca teve conotação ideológica, política, partidária, clubística, religiosa, sexual, racial, social ou económica“.

Leia aqui a explicação de Gustavo Pinto Basto:

«Sobre as notícias que têm vindo a público pela minha participação como cantor num jantar do partido Chega, venho dizer:

– Nestes meus quase 10 anos de carreira sempre fui respeitador, afável e correto, sempre repudiei a violência, a delapidação e o despotismo e sempre fui generoso na prática do bem, pelo que, apesar de ser duro e triste quando não existe reciprocidade, é de salientar o meu alento, apreço e carinho a todas as pessoas que são coniventes com os meus valores e que amistosa e manifestamente me apoiam.

– Fui contratado para cantar nesse jantar onde escolhi cantar 6 fados. Comecei por cantar três criações minhas, “Lágrimas Secas”, “Um Cantar Ai Tão Profundo” e “Aquela Dança”; de seguida fiz uma singela homenagem ao recém-falecido e grande referência do Fado, Carlos do Carmo, cantando o “Lisboa Menina e Moça”; relembrei também Carlos Ramos com o icónico tema “Canto o Fado” e terminei com a marcha popular mais conhecida de sempre, “Cheira bem, cheira a Lisboa”.

– A minha postura, como profissional do fado, não tem nem nunca teve conotação ideológica, política, partidária, clubística, religiosa, sexual, racial, social ou económica – tomando como meus os valores da Constituição da República Portuguesa.

– Numa fase em que todos nós, profissionais da indústria da música, artes e espetáculos, estamos a passar uma fase complicada, onde muitos viram os seus rendimentos anuais com quebras de 70% ou 80%, alguns de nós sem um único espetáculo efetuado em 2020 – poder cantar, mais do que nos colocar o pão da mesa, sabe a liberdade! E é essa mesma liberdade que nos inspira a fazer bem o nosso trabalho, que é CANTAR.

– Sempre estive, estou e estarei recetivo a qualquer convite que surja, desde que a sua legalidade esteja consagrada na lei. Os meios para me contactarem são fáceis e estão disponíveis nas minhas redes sociais: @gustavo.fado

Sou Fadista. Obrigado, Gustavo».

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