Ainda antes de morrer, Sara Carreira foi homenageada pelo irmão David no livro ‘Os Sonhos Não Têm Teto’.
“Lembro-me de a Sara ser bebé e de eu gostar de cuidar dela. Adorava ir ao quarto ver se estava bem, ficar ali a olhar para ela no berço, brincar com ela, se fosse preciso. Eu e a Sara somos daqueles irmãos mesmo cúmplices”, escreveu.
“Ela tem um coração gigante, dos bons. Sempre foi a princesinha da família e eu sempre assumi o papel de irmão mais velho. Fiz questão de estar sempre presente – desde a infância até à adolescência”, continuou.
“No entanto, quando comecei a cantar, afastei-me da família sem querer e a Sara foi quem sofreu mais com isso. Lembro-me de estar em digressões, fora de casa largos meses, e a minha mãe mandar-me vídeos dela a estudar e a ouvir as minhas músicas. Se, por um lado, ficava feliz de ela gostar do meu trabalho, por outro ficava triste por não estar a desempenhar o papel que tinha tido até então”, acrescentou ainda o orgulhoso irmão.
“Assim, quando, em 2019, ela começou a carreira musical, eu quis estar muito presente, como para a compensar da minha ausência nesse período. Estivemos juntos em tour, ela esteve comigo em cima de muitos palcos, em muitas viagens, e conheceu a minha família da música”, lê-se ainda no mesmo excerto.
Sara Carreira perdeu a vida no dia 5 de dezembro, pelas 19:00 horas, na A1. Tinha 21 anos. O velório decorre durante o dia desta terça-feira, 8 de dezembro, na Basílica da Estrela, em Lisboa. O funeral está agendado para amanhã, quarta-feira.
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