Está a caminho da quarta temporada de Investigação Criminal – Los Angels e é uma das mais conhecidas atrizes portuguesas a brilhar além-fronteiras. Em visita relâmpago ao nosso país, onde esteve a promover o filme de animação Brave, Daniela Ruah esteve à conversa com o jornal Diário de Notícias e falou sobre as diferenças entre trabalhar no nosso país em em terras de Tio Sam.
Segundo a atriz, as diferenças assentam sobretudo no período de que os atores dispõem para se dedicar à sua personagem e na “recompensa” e no “respeito” que têm dos colegas. “Em novelas são filmados 30 e tal cenas por dia, de episódios diferentes. Nos EUA, os dias de gravação de uma série são organizados por páginas e só gravamos um episódio em cada oito dias úteis. Não há mistura de enredos. É muito mais fácil para os atores”, afirma Daniela Ruah, salientando a importância que “o sindicato que protege os atores, a equipa de produção e os escritores” nos Estados Unidos” tem: “É oferecido seguro de saúde e há ordenados tabelados. Isto faz com que as pessoas sejam mais compensadas e protegidas, por isso, vão trabalhar com uma atitude completamente diferente. Quando as pessoas são infelizes e não são recompensadas pelo trabalho que fazem, não trabalham com tanto gosto e isso acaba por se notar”.
Quanto à crise que por cá se vive, Daniela defende que falta incentivo: “Cá não há falta de talento, de possibilidades e de potencial. Falta incentivo. É a grande diferença que vejo. E quando digo incentivo não é só monetário. A falta de respeito faz com que as pessoas trabalhem com menos vontade”, finaliza.
