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Crime de Atouguia da Baleia! Mãe de Valentina deu entrevista à SIC

Duarte Costa
3 min leitura

Valentina morreu no dia 7 de maio, em Atouguia da Baleia, em Peniche. Foi às mãos do próprio pai, Sandro, que começou por comunicar à polícia o desaparecimento da menina e, três dias depois, acabou por confessar o crime e revelar o local no qual escondeu o cadáver da própria filha, de apenas nove anos de idade.

Sónia Fonseca, a mãe da vítima, deu uma entrevista à SIC e recordou a última vez em que falou com a menina. Foi dias antes, a 3 de maio, por ocasião do Dia da Mãe. “Disse-me que estava tudo bem. Perguntei-lhe se queria que fosse buscá-la para passar um tempo em casa e ela respondeu que não. Que estava tudo bem, que estava a portar-se bem”, contou.

Aliás, Valentina gostava de ir para casa do pai. De acordo com o mesmo testemunho, esta perguntava muitas vezes quando é que iria voltar a estar com ele e acreditava que tinha duas mães, dada a atual relação de Sandro com Márcia. No início de maio, estava lá a cumprir uma temporada mais alargada, para poder ter acesso às aulas da telescola transmitidas pela RTP Memória.

Sobre o que terá passado pela cabeça do antigo companheiro, Sandro, para matar a própria filha, Sónia não tem, por isso, como explicar. Só mesmo com base em suposições. “Penso que foi alguma coisa que ela viu e que ele, com medo de que ela dissesse alguma coisa, calou-a. Porquê? É aquela resposta que ainda me falta”, lamentou.

Entre o dia 7 e o dia 10 de maio, ninguém soube o paradeiro da menina. Mas durante as investigações, e com base no testemunho do filho da madrasta, as autoridades perceberam que esta e Sandro tiveram alguma coisa a ver com o desaparecimento. Confrontaram-no e este acabou por confessar que escondeu o cadáver numa zona de mato a cerca de dez quilómetros da casa, na serra D’El Rey.

Sónia só soube pela televisão a crueldade levada a cabo pelo pai de Valentina. “Disse que não era a minha filha, que a minha filha tinha de estar viva”, contou. Ficou tão em choque que até caiu ao chão. “Não tinha forças”, confessou.

Sandro, o pai, e Márcia, a madrasta, são os principais suspeitos pela morte da menina. Estão em prisão preventiva e aguardam julgamento pelos crimes de homicídio e de ocultação de cadáver.