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Covid-19 descontrolada: “Caímos no erro de achar que mais de 9 mil mortos é algo banal”

Duarte Costa
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Reprodução

Não há outra palavra. A pandemia da Covid-19, em Portugal, está descontrolada.

Segunda a Direção-Geral da Saúde, os números da Covid-19, esta terça-feira, ascendiam aos 135 841 casos ativos. Registou-se, também, um recorde de 218 óbitos. Estão internadas, em enfermaria, 5 291 pessoas e 670 em Unidades de Cuidados Intensivos. Desde o início da pandemia, morreram pelo menos 9 246 doentes e quase 567 mil estão ou estiveram infetados (número total de casos).

Perante tal descontrolo, os apelos são muitos. Profissionais de saúde, governantes, Direção-Geral da Saúde, figuras públicas, anónimos. Esta terça-feira, Rui Maria Pêgo juntou-se à campanha de sensibilização com um texto, também ele, bem clarificador da grave situação que o nosso país está a atravessar.

“Estamos a viver um inferno. Não é alarmismo; é como se novos bocadinhos de vidro estivessem a circular, a todas as horas, no nosso sistema sanguíneo coletivo. Não se baralhem. Os profissionais de saúde já há muito que ultrapassaram os seus limites físicos e mentais. Como diz o Gustavo Carona, era bom se as paredes dos hospitais fossem transparentes”, lê-se no início da publicação.

“Nas guerras, vemos os corpos; nos terramotos, a terra esventrada e as cidades engolidas. Com esta doença que não faz barulho, caímos no erro de achar que mais de nove mil mortos é algo banal. Os números já não dão náusea. Registamos mais depressa palavras como postigo e que já não há padel”, continuou.

“Arrumem-se os faits divers, a pergunta mais importante de todas é esta: o que é que podemos fazer pelos outros? Para já, liquidar festinhas, encontros, jantares, beijinho. Cumprir o confinamento. Não pesar o SNS. É simples! Quem continua a duvidar da existência da doença, quem não usa máscara porque não lhe apetece, quem inventa conspirações pela verdade, está ‘borderline’ na sociopatia”, acrescentou ainda Rui Maria Pêgo.

Este é o tempo da defesa. Fiquemos, por favor, todxs em casa. Obrigado, Bruno Nogueira, pelos tentáculos longos hoje no ‘Bicho’, e obrigado, Gustavo Carona, pela dedicação e exemplar serviço aos outrxs e, ainda, um shot de energia a todxs os profissionais de saúde que estão a recrutar força ao invisível. Estamos a ver-vos, e muito gratos. O esforço não está a ser em vão“, rematou.

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