Henrique Garcia, jornalista da TVI que foi “obrigado” a reformar-se da televisão quando atingiu os 70 anos, esteve no Goucha desta semana. Motivados por esse reaparecimento, António Carvalho e Pedro Capitão discutiram na rubrica Sem Filtro, moderada por Duarte Lago no A Televisão, a questão da idade da reforma no mundo televisivo.
“Começou a haver um prazo em televisão quando a imagem começou a ser sobreposta ao talento. A partir daí, começou a haver prazo na televisão“, disse Pedro Capitão.
“Vou pegar no que a Marina Mota disse numa entrevista, o motivo pelo qual a filha não faz televisão. A filha não tem medidas XPTO, mas tem talento. Só que o talento não é valorizado em televisão. Daí que haja, agora, esta idade para a reforma“, explicou.
“Não acho, de todo, que o Manuel Luís Goucha esteja em idade de reforma. Acho que ainda está para as curvas e tem muito potencial para dar a qualquer programa, como bom comunicador que é“, destacou.
“Há pessoas mais velhas com anos de experiência, e que se sabem movimentar em televisão, e que estão reformadas, porque supostamente não estão na idade, e depois dão lugar a pessoas que até podem ter potencial. Mas quando dão oportunidades a quem não tem potencial, só porque tem muitos seguidores…“, comparou, em jeito de crítica, antes de referir que este não é um problema de um canal específico, mas sim a nível geral.
António Carvalho concordou. “O Pedro explicou aqui muito bem o que é a televisão. São dois mundos. Há aqueles que não têm muito talento, mas têm muitos seguidores e uma mega cunha, que fazem parte da Igreja Universal do Reino da Tininha, e estão ali com um tacho qualquer, e que nem vão chegar à reforma. Vão desaparecer gradualmente“, começou por opinar.
“E depois há uma potência mundial, como os Estados Unidos, onde há grandes apresentadores com mais de 70 anos“, lembrou.
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“Aquilo que se passou em relação ao Henrique Garcia, e à TVI, é que ele estava com uma idade porreira, era alguém com todos os requisitos, e foi corrido sem qualquer fundamento. Como também foi o Carlos Ribeiro. Eu acho que enquanto as pessoas têm capacidades, não há idade para a reforma“, considerou.
