A eleição pelo cÃrculo de Lisboa de André Ventura, pelo partido de extrema direita Chega, tem feito correr muita tinta na imprensa. A contestação chega agora por parte de um grupo de conhecidos adeptos benfiquistas, que pedem ao clube para se distanciar da postura do comentador da CMTV, que chega agora à Assembleia da República.Â
Na carta publicada no ‘Expresso’, Ricardo Araújo Pereira, Jacinto Lucas Pires, Henrique Raposo, Pedro Norton e José Eduardo Martins pedem a LuÃs Filipe Vieira, presidente do SL Benfica, que deixe de “pactuar com a evidência mediática: o Chega chegou ao parlamento porque é liderado por uma personagem que é conhecida apenas e só por causa do Benfica”.
Leia a carta na Ãntegra:
Somos um pequeno grupo de benfiquistas que vem por este meio expressar indignação perante um facto que já passou todos os limites: André Ventura usou e usa o Benfica para criar uma persona polÃtica.
A instrumentalização polÃtica do Benfica é errada por princÃpio.
Neste caso, é ainda mais grave, porque o Chega é um partido de extrema-direita abertamente anti-sistema e xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica.
O clube de Eusébio, Coluna, Renato e Gedson, entre outros, não pode ser associado a uma figura xenófoba.
A claque do Benfica tem brancos, mestiços e negros. O Benfica é um clube de angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos.
O Benfica é clube mais popular de Portugal, é de ricos e pobres, de brancos e negros, de muçulmanos e ciganos. A direcção do Benfica não pode continuar a pactuar com a evidência mediática: o Chega chegou ao parlamento porque é liderado por uma personagem que é conhecida apenas e só por causa do Benfica.
Com os melhores cumprimentos,
Jacinto Lucas Pires
Henrique Raposo
Pedro Norton
José Eduardo Martins
Ricardo Araújo Pereira