fbpx

Em resposta ao abandono, APAV sugere que idosos possam deserdar filhos

Vanessa Jesus
2 min leitura

Celebra-se esta quinta-feira, dia 1 de outubro, o Dia Internacional da Pessoa Idosa. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a Fundação Gulbenkian elaboraram um relatório com 30 recomendações práticas para integrar melhor os idosos na sociedade.

‘Portugal Mais Velho’ é um dos pontos do relatório e visa que seja revisto o Direito Sucessório. O objetivo é que os idosos tenham mais liberdade e assim, caso não sejam apoiados pelos filhos ou sejam maltratados, podem deserdá-los.

Na prática, um idoso maltratado por um filho tem sempre de lhe deixar parte do seu património, mesmo que não seja essa a sua vontade e mesmo que tenha havido uma situação de violência ou de abandono total. Alterar isto poderia ser uma resposta eficaz às situações de abandono”, explicou Marta Carmo, jurista, técnica de projecto da APAV e coordenadora do relatório, ao jornal Publico.

O mesmo relatório pede ainda que se aposte na formação de cuidadores de idosos, quer no que diz respeito a instituições ou cuidadores informais e familiares. Apontam ainda a criação de benefícios fiscais que promovam a manutenção dos idosos em sua casa.

 “Estes incentivos respondem ao problema mais do que a criminalização do abandono. Muitas vezes, as famílias abandonam os seus idosos nos hospitais, nomeadamente, porque não têm rendimentos que lhes permitam renunciar ao emprego para cuidar deles”, disse ainda

Esta avaliação, segundo o documento, “ajudaria a perceber que a alocação de recursos a políticas públicas focadas na população idosa é um investimento e permitiria a quantificação dos seus retornos, seguramente contribuindo para uma visão mais positiva das pessoas idosas e do envelhecimento”.

Leia também: Big Brother. André Abrantes é confrontado com as suas afirmações polémicas

Relacionado: