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Sherlock

A Televisão
5 min leitura

Ssh Sherlock

Sherlock Holmes.

Este nome tão sonante, tão característico, tão cheio de mistério voltou, o ano passado, aos ecrãs da BBC. Durante três episódios de hora e meia, a BBC fez questão de nos mostrar um Sherlock Holmes antigo com toques modernos… melhor, um Sherlock moderno que não esquece o antigo… bem, o leitor entende onde quero chegar.

Quer gostem, quer não gostem de ler, os livros, as entidades que dão vida a histórias da imaginação de muitos autores, são autênticas caixas de tesouros por explorar. A BBC fez, exactamente, isso: foi aos livros de Sir Arthur Conan Doyle buscar aquilo que não havia sido explorado, aquilo que não havia sido mostrado, aquilo que é novidade nos dias de hoje. Decidiu, pois, colocar Benedict Cumberbatch no papel deste investigador tão misterioso que é Sherlock Holmes e Martin Freeman no papel de Dr. John Watson, o fiel amigo e companheiro de Sherlock.

De uma forma quase magistral, em forma de filme, são-nos mostrados três brilhantes casos que, à medida que o tempo passa, se vão tornando mais intensos, mais fortes, mais complexos, mais interessantes mas que não deixam de fora o espectador e o fazem estar colado ao ecrã para saber o seu desfecho. Não querendo desvendar de todo o arco da série, apenas vos digo que para além de Sherlock, o seu arqui-inimigo também está de volta e não está para brincadeiras…

 

Apresentação

Apresentação Sherlock

 

Personagens


Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) – O investigador mais irreverente, mais misterioso, mais intenso, mais eficiente voltou para desvendar os casos que fazem a polícia puxar os cabelos. Ele considera casa caso um jogo que, com as peças correctas, deve ser jogado com a mais alta inteligência para que a casa da vitória esteja cada vez mais perto. Sempre atento aos detalhes e com um olho que muitos invejam, Sherlock promete justiça não só para os outros mas também para ele. Falo pois do seu arqui-inimigo que o colocou num dos jogos mais mortais. Querendo vê-lo morto, Sherlock não dá o braço a torcer e luta, mas será que é suficiente?

Dr. John Watson (Martin Frreman) – O eterno companheiro e amigo de Sherlock Holmes. No início, a amizade começou como qualquer outra, demorando bastante até quebrar o gelo. Contudo, a sua ajuda, o seu apoio e as suas memórias de guerra que, por vezes, o fazem perder o rumo da sua própria vida. No entanto, há uma força dentro de si que não o deixa desistir, que não o deixa abandonar a pessoa que foi e a pessoa que é, impelindo-o a viver o presente e a lidar com a sua mente. No fundo, protege-se e protege Sherlock.

 

Porque não devo perder esta série?

Estaria, certamente, a repetir-me se dissesse que Sherlock é um produto a não perder devido à sua “originalidade” e à sua magnificiência. É certo que é um procedural como qualquer outro mas o facto de puxar por nós, pela nossa própria imaginação e convidar à descoberta do assassino é uma característica que muitas séries não conseguem transmitir. Aliado à excelente produção, a história ganha um outro dinamismo quando tudo começa a fazer sentido… A corrida contra o tempo, a vontade de querer descobrir e a intensidade que o caso toma em cada uma das personagens criam um suspense, uma ansiedade tal no espectador que só termina ao fim de hora e meia, depois de Sherlock ter desvendado com alta perícia e inteligência um caso que parecia não ter qualquer resolução. E depois ficamos: “Era assim tão evidente?” e ele responde-nos: “Elementar, meu caro Watson.”.

 

Onde posso ver?

A série foi exibida na Britcom, nas noites de domingo da RTP2. Infelizmente, não tenho conhecimento da sua exibição nos canais Cabo.

 

Notas

  • A série foi já renovada para uma segunda temporada que se encontra em produção. Provavelmente, a estreia dar-se-à no Verão mas ainda não há data marcada.

Jorge Pontes

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