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House MD

Diana Casanova
12 min leitura

Não poderia regressar com uma crónica mais interessante, desta feita trago ao Fora de Série o controverso House. Até porque mais uma vez, o actor Hugh Laurie esteve nomeado para os Golden Globes (67.ª edição) na categoria de Melhor Actor Dramático pela sua personagem carismática Gregory House. Vítima de uma dor física constante, a sua bengala agita-se para acentuar um comportamento despropositado e súbitas mudanças de humor. Apesar da vertente anti-social, House faz diagnósticos brilhantes a partir de raciocínios pouco convencionais e instintos infalíveis. Especialista em doenças infecto-contagiosas, House vive para salvar vidas envoltas em complicadas questões médicas.

Esta temporada vai rodar em torno do relacionamento amoroso de House (Hugh Laurie) e Cuddy (Lisa Edelstein), romance este que nasceu no final da sexta temporada num episódio emocionante que acabou com um beijo apaixonado entre as duas personagens.

Se pensava que ela era capaz de tudo, então imagine-o apaixonado…

House – Trailer

House é um médico conceituado. Além de conseguir elaborar excelentes diagnósticos, as suas especialidades médicas são as doenças infecto-contagiosas e a nefrologia. O seu carácter é marcado pelo seu mau humor, comportamento anti-social, cepticismo e sarcasmo.

Quase todos os episódios começam fora do hospital, em aberturas do género cold open, com pessoas anónimas a ter um ou vários sintomas de uma doença tratada em cada um desses episódios. House e a sua equipa iniciam o diagnóstico diferencial de um paciente apenas quando o diagnóstico do mesmo falha nos outros hospitais ou durante situações de urgência de Plainsboro. Apesar de serem raras, as doenças são reais. Os sintomas conhecidos são enunciados e escritos no quadro branco, são deliberadas várias doenças ou outros sintomas que vão surgindo. Como House gosta de mostrar aos outros que tem razão, recorre muitas vezes ao Método Socrático. No início de cada tratamento, é muito frequente os médicos associarem um sintoma a uma doença vulgar como lúpus, cancro ou infecção.

É muito comum também haver discussões entre House e o Dr. Foreman, pois este acha-o um “estupor manipulador”. Às vezes, os sintomas não são bem definidos porque os pacientes escondem ou simplesmente mentem levando o Dr. House a utilizar muitas vezes a frase “Toda a gente mente (Everybody lies) corroborando muitas vezes com a frase “os sintomas nunca mentem” (The symptoms never lie). Dadas as teorias de House serem extremamente controversas, as autorizações para as suas práticas são muitas vezes banidas pela directora, a Dr.ª Lisa Cuddy, sobretudo quando envolvem altos riscos e, por vezes, faltas de ética. No entanto, o médico consegue através da chantagem ou de apostas, contrariar as decisões de Cuddy.

Os tempos livres de House são principalmente passados em conversas com o Dr. Wilson, o seu único e melhor amigo, em que um não vive sem o outro. Às vezes, para atingir certos objectivos, House usa-o recorrendo a desculpas e argumentos falaciosos. House conheceu Wilson durante uma convenção de Medicina em Nova Orleães que participou pouco tempo depois de concluir o seu curso de medicina. Wilson acidentalmente partiu uma peça antiga, um espelho, começando assim, uma luta. House pagou-lhe a fiança (depois deste ter acabado por ser preso) pois achou-o interessante.

Outros passatempos favoritos de House são ouvir música clássica ou comercial, assistir a narrativas medicinais na sua televisão portátil (que traz sempre consigo) ou ainda jogar jogos electrónicos numa consola portátil ou no quarto de um paciente em coma, ou ainda tocar guitarra eléctrica.

Cuddy, é amiga de House desde os tempos da faculdade. Apesar do relacionamento ser temperado de ciúmes, segredos, situações engraçadas e desrespeito por parte dele, existe sempre um companheirismo muito grande quando se trata de proteger o médico em casos mais complicados. De modo a poder melhorar o nível social de House, Cuddy obriga frequentemente o médico a interagir com pacientes de clínica geral cumprindo horários. Porém, o médico tenta sempre evitar essa prática com desculpas. Durante as consultas de clínica geral, House consegue determinar, através dos sintomas, o estilo de vida de cada paciente criticando, argumentando, com tratamentos pouco ortodoxos ou com prescrições excêntricas mas consegue impressionar as pessoas com a velocidade e destreza do seu diagnóstico.

Outra característica central é o facto de House estar constantemente a ingerir um medicamento chamado Vicodin para poder controlar as dores pós-operatórias a que a sua perna direita se submeteu anos antes e que o obriga a andar com uma bengala. Uma operação que foi mal sucedida por causa de uma necrose nos músculos inferiores. House admite estar viciado naquele medicamento mas afirma não se tratar de um problema. O médico já foi aconselhado a fazer uma desintoxicação de modo a poder livrar-se do hábito mas nunca conseguiu diminuir a sua dependência. Quando House não tem acesso ao Vicodin, por não lhe ser receitado ou quando se esquece de pedir uma nova embalagem, recorre a outros produtos farmacêuticos narcóticos tais como morfina. Além destas características, o médico não gosta de usar a bata medicinal, achando-a inapropriada à sua imagem.

Quem é quem?

Greg House – possuidor de um carácter incomparável, não falaria sequer com os doentes se isso fosse possível. Vendo-se obrigado a lidar com a sua constante dor física, usa uma bengala que diz muito da sua mordaz e brutalmente sincera forma de agir. Ao passo que o seu comportamento chega a tocar o anti-social, House é um médico indisciplinado cuja maneira de pensar pouco convencional e instinto preciso lhe conferiu um grande reconhecimento e respeito. Especialista em doenças infecciosas, apresenta diagnósticoWilson House Mds brilhantes e adora o desafio de resolver “charadas” médicas para salvar a vida dos seus pacientes. Na lista de casos médicos resolvidos por House estão aqueles que outros médicos não conseguiram resolver, e reuniu uma equipa de elite com jovens especialistas que o ajudam no seu esforço para resolver estes misteriosos diagnósticos.

James Wilson Рespecialista em Oncologia e a quem House recorre frequentemente, ̩ possivelmente o melhor e ̼nico amigo que House tem na equipa do Princeton Plainsboro Teaching Hospital.

Dr.ª Remy Hadley – portadora de uma doença genética que vitimou a sua mãe e que a pode afectar a qualquer momento. Entrou para a equipa de House depois de Cuddy ter dito que a equipa não podia ser composta exclusivamente por homens. É a única bissexual da equipa e o seu maior problema é lidar com a morte e com pacientes em estado terminal, possivelmente devido ao medo em relação à dCuddy2 House Mdoença de que é portadora.

Dr.ª Lisa Cuddy – é a chefe da unidade de medicina e administradora do hospital. Está em constante conflito com House devido às suas tarefas no hospital. Apesar de muitas vezes criticar os diagnósticos e métodos do complicado médico, até ela admite que está perante o médico mais brilhante de toda a esquipa.Cameron3 House Md

Dr.ª Allison Cameron – é a especialista de Imunologia da equipa de House. Tendo ficado viúva quando ainda estava na faculdade – um cancro na tiróide vitimou o seu marido – a Dr.ª Cameron preocupa-se somente em garantir o bem-estar dos seus pacientes… ao contrário de House.

Eric Foreman РMembro da jovem equipa de especialistas que trabalha com House, o Dr. Eric Foreman ̩ especialista em Neurologia. Foreman tem um passado um pouco duvidoso, com um historial de criminalidade juvenil, e discorda frequente das decis̵es mais radicais tomadas por House.

Dr. Robert Chase – Filho de um abastado reumatologista australiano, o Dr. Robert Chase nasceu num meio privilegiado e luta para se manter neste grupo. Chase preocupa-se principalmente com os seus próprios avanços como especialista da Unidade de Cuidados Intensivos.

Dr. Chris Taub – Antigo cirurgião plástico, o Dr. Chris Taub abandonou a sua anterior actividade devido a desentendimentos com os funcionários. Taub ama a sua mulher, mas ao mesmo tempo sente-se atraído por outras mulheres. O médico apoia House mais frequentemente que outros novos elementos.

Dr. Lawrence Kutner – entrou para a equipa quase por engano e foi simpaticamente apelidado de “Chefe Desfibrilhador” por House, devido à sua destreza na utilização deste aparelho. Kutner é o elemento que toma decisões mais arriscadas e partilha das ideias bizarras de House.

Por que não posso perder esta série?

Porque a personagem principal é de um humor corrosivo e está sempre mal-humorado o que só torna a série mais interessante mas que apesar disso arrasta ódios e amores entre os colegas de trabalho no Plainsboro. Todos os episódios são casos novos, acho fantástico o desvendar do puzzle e o Hugh Laurie tem feito um trabalho notável como House num personagem nada fácil e que podia facilmente resvalar para o ridículo e para o chato.

Curiosidades

Existem várias semelhanças entre a personagem House e Sherlock Holmes. O criador David Shore considera-se fã da personagem clássica criada por Sir Arthur Conan Doyle.

As semelhanças entre as duas personagens são evidentes em vários episódios da série:

  • O carácter psicológico que House usa para resolver os casos (bem como para evitar aceitá-los);
  • A morada do médico (apartamento 221B, o mesmo número do apartamento de Holmes);
  • House, assim como Holmes, apoia-se em um extremo poder de observação e dedução para solucionar os casos com que é confrontado;
  • Os passatempos de House: o médico toca guitarra e piano, Holmes toca violino;
  • Na dependência de drogas: House em Vicodin e Holmes em ópio;
  • A amizade com Dr. James Wilson também é semelhante à amizade entre Holmes e o Dr. John Watson, e mesmo as iniciais dos amigos são as mesmas: J. W.;
  • Algumas personagens no universo de House provêm também de Sherlock Holmes: Moriarty, o homem que atirou em House, é o nome do maior inimigo de Holmes, o Professor Moriarty.

Onde posso ver?

House MdSegundas-feiras às 21h30

Estreia da T7 em Março.

Tânia Martins

Redatora e cronista