fbpx

Zé Amaro recorda infância difícil e a morte do pai: “Peguei-lhe na mão e ele faleceu”

Carolina Pereira
3 min leitura
SIC

Zé Amaro teve uma infância marcada por dificuldades financeiras, sofreu duros golpes como a perda do pai e do melhor amigo.

Zé Amaro foi o convidado deste sábado, dia 16 de julho, do ‘Alta Definição’. O cantor juntou-se a Daniel Oliveira para uma conversa sobre o seu percurso profissional e os momentos difíceis que teve de enfrentar na vida, desde as dificuldades financeiras da família, até à morte do pai e do melhor amigo.

“Faltava dinheiro para tudo”

Zé Amaro é o sétimo de dez irmãos, e não teve uma infância nada fácil, uma vez que cresceu no seio de uma família pobre. “Os meus pais deram-me tudo, mas essa estabilidade financeira não, não podiam. [Faltava dinheiro] para tudo, tive necessidades de algumas coisas, nunca comia iogurtes, por exemplo“, começou por dizer.

Apesar das dificuldades monetárias, amor e proteção foi algo que nunca faltou nesta família numerosa: “O meu pai tinha um olhar sempre terno. Bastava um olhar, um chegar a casa que nos dava uma paz incrível“.

Zé Amaro recordou ainda que tinha apenas um brinquedo que “guarda religiosamente” – um carrinho de chapa oferecido pelos sindicatos dos seus pais – e que andou sempre descalço até aos oito anos, exceto para ir para a escola,  que tinha apenas um par de botas: “Não dava para mais“.

A morte do pai e do melhor amigo

Como se estes duros golpes não bastassem, Zé Amaro atravessou momentos ainda mais difíceis e marcantes, como o dia em que assistiu à morte do pai.

No dia em que ele faleceu fui o primeiro a chegar a casa. A minha tia ligou-me a gritar e quando cheguei lá, ele estava a falecer naquele momento. Senti que ele ficou em paz, ficou bem por sentir que estava lá alguém (…) sentia que era muito amado por ele“, afirmou.

Peguei-lhe na mão e ele faleceu. A minha família sabe que eu cheguei e fiz tudo sozinho. Eu vesti o meu pai (…) é algo que me marca para a vida toda“, contou, garantindo ainda que foi um “excelente” pai e que tem muito orgulho nele.

Quase na mesma altura, o artista perdeu também o seu melhor amigo: “Foi uma pancada muito grande, aquelas duas coisas… Por vezes ia à minha terra e ia ao cemitério para estar com eles. Foi muito difícil essas duas perdas para mim. Andei muito stressado, muito deprimido“.

Leia também: Zé Amaro revela ter uma caixa cheia de cuecas de mulher: “Guardo tudo”

Relacionado: