O festival ‘O Sol da Caparica’ está a ser alvo de muitas críticas por parte do público e de vários artistas que faziam parte do cartaz.
O vocalista da banda ‘Os Quatro e Meia’ protestou em palco durante o concerto no festival ‘O Sol da Caparica’ e lamentou a “falta de respeito” da organização para a forma como trataram “vários músicos”.
“Esta noite nós estamos aqui em cima do palco por vocês porque pagaram bilhetes… porque se fosse pela falta de respeito com que vários músicos durante este festival foram tratados e muito da plateia e do público foi tratado, não veríamos aqui nem mais uma vez, com esta organização”, afirmou.
“Acabou-se o politicamente corretamente! Não brincam mais connosco!”, garantiu o vocalista da banda ‘Os Quatro e Meia‘, arrancando muitos aplausos por parte do público.
Esta edição do festival ‘O Sol da Caparica’ ficou marcada por várias queixas de artistas que faziam parte do cartaz, com relatos de dificuldades técnicas, havendo quem tivesse de cancelar o seu espetáculo, antes ou durante a atuação.
Miguel Ângelo foi obrigado a parar o seu concerto a meio, devido a problemas técnicos.
“Ontem foi um dia estranho… Percebia-se, desde manhãzinha cedo, no ensaio de som, que as questões técnicas e práticas do palco Free Now n’O Sol da Caparica estavam muito aquém do que é necessário para um festival com esta dimensão… As comunicações foram sempre tardias em relação à preparação do concerto e agora tentava-se que todos os artistas em cartaz conseguissem ajustar as coisas da melhor forma, face aos horários muito apertados, tendo em conta a boa vontade e o “espírito dos festivais”. Às vezes é suficiente, outras vezes não…”, desabafou nas redes sociais.
O músico revelou alguns pormenores dos problemas técnicos: “O cancelamento após duas canções e meia do início do meu (des)concerto ontem à noite – depois de um atraso de 3h (estava previsto às 21.20h e entrei em palco às 00.17h…) – e o consequente cancelamento da actuação do @thelegendarytigerman foram inevitáveis devido à instabilidade da corrente eléctrica (o meu apagão ocorreu a meio do Sou como um Rio)”, acrescentou.
“Embora sem culpa, em meu nome peço desculpa àqueles que não puderam esperar até altas horas (hoje é dia de trabalho) e aos que ficaram e que no final se sentiram tão frustrados e defraudados quanto todos nós. Frustração ainda aumentada pelo facto do que preparáramos com os @somosdalva exclusivamente para esta data ter ficado no limbo… Tenho uma carreira a caminho dos 40 anos e há coisas que simplesmente já não “podem” acontecer no Portugal dos Festivais em 2022″, rematou.
