Vera Kolodzig partilhou, este domingo, uma reflexão, através das redes sociais.
“Num dos cursos de desenvolvimento pessoal que fiz, fizemos um exercício sobre ressignificação. Estávamos sentados num círculo e cada participante tinha de trazer um ‘problema’ para que todos os outros, um a um, lhe pudessem atribuir outro significado”, começou por contar a atriz.
“Eu trouxe para a roda o facto de me chover em casa. E não, não são umas infiltraçõezinhas com bolor no teto como em tantas casas lisboetas. Escorre água, mesmo depois de diversas obras ao telhado”, descreveu Vara Kolodzig.
“Melhorou bastante este ano, mas ainda não está completamente resolvido (já não tenho as cascatas do Niagara nem de Iguaçu como lhes chamei no ano passado durante as cheias quando tentei lidar com humor ao fazer-me de guia turística para o Mateus quando chegámos a casa)”, continuou Vera Kolodzig.
“À medida que o ‘problema’ ia dando a volta no círculo foram-me dizendo várias coisas, mas nenhuma delas me convencia verdadeiramente (‘ah, isso significa que já não precisas de uma fonte de feng-shui’, ‘ah, isso pode querer dizer que podes colocar uma planta e regá-la diretamente’)… enfim”, recordou Vera Kolodzig.
“Só quando chegámos ao fim do círculo é que a minha formadora Aziza Tria me disse a frase tão óbvia que me tirou do lugar: ‘Chover-te em casa significa que tens uma casa’. É exatamente isso. Tenho uma casa e sou muito grata pelo meu ninho”, sublinhou Vera Kolodzig.
“Não imagino a dor de quem está neste momento a ver os seus ninhos destruídos, com os seus passarinhos lá dentro. Ou de quem deixou os seus passarinhos irem voar para nunca mais voltarem. Só posso ser grata por todos os meus privilégios”, rematou Vera Kolodzig.
