Deixou o cargo de comentadora do “Big Brother” à disposição mas mostrou-se bem atenta ao “Desafio Final” e em jeito de rescaldo, Susana Dias Ramos dedicou a crónica semanal que escreve na revista Nova Gente à prestação de Cláudio Ramos.
“Mentia se não vos dissesse que às vezes esta casa me cansou. Acho que foi a primeira vez que nem tive vontade de ir ao 24! Mentia se vos dissesse que apreciei as dinâmicas, a forma como os concorrentes se desrespeitaram e competiram entre si. Mentia se não assumisse que estava a contar os dias para ela acabar, ainda por cima a saber quase desde o inicio quem ia ganhar de tão óbvio que se tinha tomado“, começou por afirmar.
“Era como se fosse uma roleta-russa viciada. Muitas entradas, mais saídas. Nunca vi tantas desistências como as que vi aqui. E entendi cada uma delas… Mas também vos mentia se não vos assumisse as vezes que corri para casa para ver o Cláudio nas suas emissões especiais. As vezes que usei a box para iniciar quando me atrasava, que não perdi nem uma gala. Nem uma. Por ele, o Cláudio!“, continuou.
“Se precisasse de resumir este Desafio Final numa palavra, seria Cláudio!“, garantiu, acrescentando: “Se dúvidas houvesse da qualidade do homem, do apresentador, do piloto que ele é, aqui si terminam. No BB 2020 já tinha mostrado a garra que tinha, mas aqui sinto que se consagrou. O respeito, a audácia de proteger cada um dos participantes, a ousadia do carinho e da ternura foi quase obscena”.
“Indecentemente adorou cada um deles, ouviu-os, encaminhou-os. Os Valentes, assim os apelidou (…) Nunca o senti homem de meio-termo. Ou gosta, ou não! Mas aqui, pouco importaram os sentimentos ou identificações que poderia ter. Eram dele. Cada um deles. Eles e as suas famílias. Nunca lhes falhou! Cansado, desgastado e doente. Nunca quebrou, porque, se eles foram valentes para aceitarem o desafio, também ele o seria para nunca os abandonar. Vi-lhe verdade em cada abraço. Senti-lhe emoção a cada palavra, 0 corpo pode iludir, as palavras podem enganar, mas os olhos nunca mentem! E eu vi-lhe os olhos desde a primeira gala em que, com a voz e as mãos trémulas, nos deu as boas-vindas até domingo, em que as lágrimas lhe permitiram respirar. Os olhos. E como diria Saint Exupéry… o essencial está lá, nos olhos! A representação de tudo o que este reality deveria ser é Ele, O Cláudio!“, rematou.
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