A sofrer como há muito não sofria em televisão ao interpretar Joana, protagonista de “Senhora do Mar“, Sofia Ribeiro revive na história da SIC alguns traumas que marcaram a sua vida.
“Não há como dar vida a uma personagem sem ela ter coisas minhas. Portanto, eu tenho coisas dela e ela tem minhas. De outra forma não faz muito sentido, já que sou eu que lhe empresto a vida, não é? Mas há vários traços na vida desta personagem que têm semelhanças com o seu percurso. Até mesmo a nível de personalidade. Ela é, provavelmente, das personagens, até hoje, que mais se aproxima da Sofia depois no dia a dia, em casa, com os amigos…“, começou por confessar em declarações à TV Mais.
“Foi um grande desafio, acima de tudo pelo tema que trata esta personagem. É um desafio enorme poder dar voz a tantas mulheres – homens também, mas sobretudo mulheres – que passam por este flagelo, infelizmente, tão atual na nossa sociedade“, continuou.
“Há algumas situações semelhantes, outras diferentes. A forma como isto me pode ter ajudado passa pela humanização. Acredito que, enquanto atriz, é mais fácil retratarmos uma emoção e uma vivência quando já passámos por ela. Tento, acima de tudo, não misturar as coisas, e acho que tenho conseguido fazê-lo. Até porque, felizmente, apesar das marcas, sinto-me resolvida com as minhas questões, mas passando por algo semelhante é mais fácil perceber o que é que aquela mulher pode estar a sentir”, disse ainda.
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