O ator Ruy de Carvalho, de 96 anos, ficou sozinho dentro de um avião, cerca de 35 minutos, já depois da meia-noite, porque não havia gente para o transportar no aeroporto de Lisboa.
Apesar de ter sido solicitado com antecedência o serviço My Way, que garante assistência através de cadeira de rodas aos passageiros que viajam em voos TAP, a situação aconteceu por duas vezes, em dois voos diferentes, entre Lisboa e o Funchal e o Funchal e Lisboa.
A situação foi denunciada pela filha do ator, Paula de Carvalho, nas redes sociais.
“Este serviço é marcado com antecedência, no ato de reserva dos voos, e tudo foi feito dentro da conformidade. Mas no Funchal nem sequer houve serviço. Felizmente, o aeroporto é pequeno e o pessoal foi extremamente simpático. Ele foi agarrado ao carrinho e lá conseguimos. Mas em Lisboa era impossível, porque o avião ficou muito longe e mesmo dentro do aeroporto tem de se andar muito“, contou Paula de Carvalho, em declarações ao “Correio da Manhã”.
No entanto, em Lisboa o caso foi mais grave, por já passar da meia-noite, tendo Ruy de Carvalho ficado sozinho no avião à espera da cadeira de rodas. “Toda a gente saiu. Ficámos com o piloto e a tripulação, que insistiram muito para que viesse alguém. Depois lá chegou uma rapariga, que nos explicou que era a única que estava a fazer aquele serviço e, como havia atrasos nos voos, estava a ter dificuldade em prestar assistência a todas as pessoas que o tinham requisitado. E assim fica uma pessoa de 96 anos à espera. Chegámos a casa às três da manhã. O meu pai estava cansadíssimo“, afirmou a filha do ator.
O assunto foi comentado logo no inicio da rubrica “Notícias dos Famosos” do programa “Manhã CM”, da CMTV. “E atenção, pediu uma cadeira de rodas e não havia, e para o José Castelo Branco há sempre. É a realidade“, atirou Léo Caeiro.
Por sua vez, Ágata Rodrigues referiu: “Isto só mostra que, neste caso estamos a falar de Ruy de Carvalho que tem esta possibilidade de denunciar publicamente este tipo de casos, que deve ser denunciado, mas podemos falar do pai ou da mãe de tantas outras pessoas que realmente não recebem assistência, fiquei bastante surpreendida“.