Cristiano Ronaldo já abandonou as instalações do Tribunal da Audiência Provincial de Madrid, onde chegou na manhã desta terça-feira, 8:38 (hora de Portugal), na companhia da namorada Georgina Rodríguez. O craque declarou-se culpado por quatro crimes de fraude fiscal e vai pagar uma multa de cerca de 19 milhões de euros.
Os crimes de que Ronaldo foi acusado estão relacionados com uma fuga aos impostos na tributação dos direitos de imagem, cometidos entre 2011 e 2014, altura na qual ainda se encontrava ao serviço do Real Madrid e cujo valor do defraude se situa nos 5,7 milhões de euros.
Ronaldo acordou ainda o pagamento de uma multa, de cerca de 360 mil euros e que já terá sido vencida, de modo a evitar uma pena suspensa de dois anos de prisão. Dessa forma, o internacional português fica desde já de cadastro limpo.
Em junho de 2017, Ronaldo já tinha sido ouvido à porta fechada pelo juiz de instrução de Pozuelo de Alarcón. Na altura, explicou que nunca teve a intenção de comer qualquer crime e que o fisco espanhol era conhecedor dos seus rendimentos. Além disso, admitiu que não percebia muito bem o que estava em causa, por ter “apenas o sexto ano de escolaridade”, e que qualquer questão relacionada com esse assunto era sempre confiada por ele aos seus assessores.
Cristiano Ronaldo mostrou-se, desde então, colaborativo e disposto a chegar a um acordo com a justiça espanhola. Chegou mesmo a pedir para se declarar culpado através de uma chamada por videoconferência, mas viu esse pedido ser recusado pelo tribunal, que exigiu a presença do jogador. Aconteceu na manhã desta terça-feira e demorou cerca de cinquenta minutos.
