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Rita Ferro Rodrigues confessa que já viveu “relacionamentos tóxicos”

"Ainda bem que aconteceu tão cedo, porque foi a altura certa para eu estabelecer limites nos meus relacionamentos."

Ana Ramos
4 min leitura
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Rita Ferro Rodrigues foi a mais recente convidada do podcast de Rita Ferro Alvim, “N’A Caravana”, e falou sobre alguns relacionamentos tóxicos que já viveu quando era mais nova.

“Esta intensidade com que eu sempre vivi, em determinadas idades, pode ser muito perigosa, nos teus relacionamentos… Tive alguns relacionamentos tóxicos em miúda, que depois provocaram alguns conflitos. Tinha uma grande necessidade de afirmação e de independência… nem sei porquê porque os meus pais sempre foram as pessoas que mais espaço me deram”, começou por referir, indicando, contudo, que já teve amigos com “histórias muito mais complicadas e estão ótimos agora”.

Rita Ferro Alvim mencionou o facto de a convidada aparentar estar sempre feliz e Rita Ferro Rodrigues explicou: “O facto de seres como as pessoas me veem – uma mulher forte e emancipada, odeio esta palavra, mas é verdade – não quer dizer que não tenhas os mesmos problemas que têm outras mulheres cuja imagem não é projetada desta maneira. Mas não quer dizer que não seja aquilo que sou. Eu sou, mas isto para explicar que isto é tudo muito relativo”.

“Nos relacionamentos tóxicos, normalmente, os predadores, homens – no caso de ser um relacionamento entre um homem e uma mulher, também pode ser entre dois homens ou duas mulheres, não é isso que está em causa – procuram mulheres fortes. Ou seja, o prazer das relações tóxicas é de delapidar e destruir uma personalidade forte. Se for uma personalidade fraca, não tem graça nenhuma”, comentou Rita Ferro Rodrigues.

“Depois não tive, em vida adulta, mais relacionamentos tóxicos. Ainda bem que aconteceu tão cedo, porque foi a altura certa para eu estabelecer limites nos meus relacionamentos. Mesmo assim, de vez em quando, as coisas ultrapassam, porque a vida é assim. Mas consegui logo perceber ‘ok, há aqui este ponto em que eu sou vulnerável, então, temos de trabalhar nisto’”, acrescentou Rita Ferro Rodrigues.

“Às vezes penso, se eu fosse adolescente, que tem redes sociais, telefones, controlos, aquelas coisas que as pessoas fazem, partilhar a localização… Não se falava tanto e agora fala-se muito! Há outras formas de controlo, o que é horrível. Por isso é que eu te digo, se eu fosse adolescente agora e me tivesse acontecido a mesma coisa, até que ponto é que não teria sido mais difícil do que foi quando passei por essas relações menos boas”, concluiu Rita Ferro Rodrigues.

Rita Ferro Rodrigues recordou ainda que foi uma adolescente que deu algum “trabalhinho” aos pais, mais do que qualquer um dos seus filhos já lhe deu até hoje. Por volta dos 16 anos, recorreu à terapia por ter “crises de ansiedade e ataques de pânico” e afirmou que foi a altura da sua vida em que se sentiu “mais doente”.

Só mais recentemente é que regressou à terapia: “Volto sempre que é preciso. Acho que qualquer pessoa devia fazer terapia”.