Há dois anos, Ricardo Martins Pereira visitou a cidade de Kharkiv, uma das primeiras a ser bombardeada pelas tropas russas.
Ricardo Martins Pereira partilhou nas redes sociais algumas imagens de uma viagem feita à Ucrânia, poucos dias antes do primeiro confinamento, e lamentou a guerra que se inicia no país de leste.
“A 20 de fevereiro de 2020, pouco dias antes do início do confinamento, estava em Kharkiv, na Ucrânia, uma das primeiras cidades a serem bombardeadas nesta quinta-feira pelas tropas russas. É uma cidade bonita, cheia de História, com monumentos imponentes, palácios imperiais, onde conheci um povo humilde, mas simpático e vaidoso de nos receber“, começou por escrever.
“Dois anos depois, imagino aquelas ruas e aquelas praças vazias, ouço sirenes a ecoar e a chamar toda a gente para os bunkers. Imagino a História daquela cidade a desaparecer, a ficar em escombros, depois dos bombardeamentos“, desabafou.
‘O Arrumadinho’, como é conhecido, recordou ainda os grandes ditadores que o mundo já viu existir, como Hitler, Mussolini ou Francisco Franco, e afirmou que Portugal pode também ele ser invadido nesta guerra.
“Um dia, poderá voltar a ser em Espanha que nascerá um Putin e o país invadido poderá ser Portugal. Ou, como Hitler tentou, Putin poderá investir Europa adentro (…) E, como ele próprio diz, quem lhe fizer frente irá sofrer consequências devastadoras, nunca antes vistas na História da humanidade. Ou seja, ataques aéreos a países da NATO — como Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra — estão em cima da mesa. Ataques nucleares, até“, acrescentou.
Ricardo Martins Pereira reforçou ainda a “necessidade urgente de impedir a progressão de Putin e defender a Ucrânia”, como forma de salvaguardar as nossas vidas, a liberdade, a democracia e a paz.
No final, deixou uma nota: “Que um dia possa voltar a Kharkiv. Será sinal de que voltou a ser uma cidade livre“.
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