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Redes Sociais: Espaço de negócio para figuras públicas

A. Oliveira
4 min leitura
Photo by Charles ?? on Unsplash

O mundo das marcas não para e o endorsement de figuras públicas parece ser, por estes dias, uma das grandes apostas para que os admiradores de atrizes e atores, cantores e cantoras, apresentadores e apresentadores se deixem influenciar pelas suas preferências.

Cada vez mais as marcas se apropriam das redes sociais dos famosos de forma a invadir o feed de notícias ou, mais recentemente, as Instastories dos seguidores, exemplo disso é a recente publicação de Cristina Ferreira com um código promocional associado à Kapten.

Além da simples promoção a um determinado serviço, as marcas associam os famosos, grande parte das vezes, ao seu programa de afiliados. Este programa apresenta-se como um serviço de publicidade que é remunerado mediante o negócio conseguido através do acesso a estes serviços de publicidade. Trocado por miúdos: as figuras públicas, além de promoverem os serviços das marcas, utilizam códigos promocionais nas mesmas que permitem atribuir descontos aos utilizadores que indicarem o códio, mas simultaneamente geram receita para os famosos por cada código utilizado.

Com base na Instastory de Cristina Ferreira ao serviço da Kapten, resolvemos recuar no tempo e – olhando para o negócio dos transportes garantido através de plataformas digitais – encontramos muitas figuras públicas associadas a uma grande campanha de endorsement desencadeada pela Cabify.

Em 2016, a empresa, fundada em Espanha, recorreu a figuras como Cristina Ferreira, Rita Pereira e Rita Ferro Rodrigues para corporizar a marca e entrar no idiário dos portugueses.

Das três, Cristina foi a que menos gerou buzz em torno desta associação – na altura ainda muito crítica por causa do processo de legalização deste tipo de plataformas digitais de transporte. Rita Ferro Rodrigues, com o storytelling associado a ações de responsabilidade social.

Já Rita Pereira acabou por criar algum mal-estar depois de ter utilizado as suas redes sociais para, através de uma alegada urgência médica da sua mãe, elogiar o serviço prestado pela Cabify. Na altura, escreveu Rita nas suas redes sociais “Resolvi chamar-lhe um CABIFY. Coloquei na aplicação o local onde ela estava e o destino e passados seis minutos a minha mãe estava a ser levada a casa por um motorista super querido que lhe abriu a porta, ofereceu uma água, colocou a estação de rádio que ela quis e o ar condicionado à temperatura desejada. Já me senti menos mal de não a ir buscar porque tive a certeza que estava a ser tratada como a rainha que é”.

Este tipo de iniciativas e estratégias de marketing não se cinge apenas às plataformas digitais de transporte e estende-se a outras áreas como a nutrição desportiva com figuras como Pedro Teixeira, Carolina Patrocínio, Iva Domingues, Rui Unas a fazerem parte da rede de afiliados da Prozis, por exemplo.

Recordamos que, se no caso do programa de afiliados as figuras públicas recebem um percentual sobre as vendas feitas com os seus códigos de utilizador, já a publicação de informação mais comercial e de marketing implica, na maioria das vezes, o pagamento de uma verba por parte das marcas.

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