António Raminhos mostrou-se surpreendido, esta quinta-feira, com alguns comentários escritos na publicação acerca da mais recente convidada do seu podcast, “Somos Todos Malucos”.
“Há muito tempo que não me surpreendia com uma caixa de comentários. E no mau sentido”, considerou o humorista no Instagram.
“Ontem publiquei um excerto do podcast com a Sofia Oliveira sobre o seu medo paralisante de andar de avião e ansiedade. A quantidade de comentários inenarráveis que se seguiram foram inqualificáveis e tudo porque a Sofia é anti-Benfica, porque tem uma camisola da Argentina e prefere o Messi, porque falou mal do jogador X”, descreveu António Raminhos.
“Comentários completamente fora de contexto, sobre uma pessoa que, independentemente de serem fãs, conhecem apenas da televisão ou de polémicas que têm expressão apenas na televisão. Como se quem tece este comentários fossem arautos da verdade e seres imaculados que nunca cometeram um erro na vida. Como se uma pessoa da qual não gostam (e pela razão mais idiota como esta de ir contra os seus gostos futebolísticos) não pudesse lidar com as suas questões, medos, problemas”, comentou António Raminhos.
“Gostava que estas pessoas estivessem por 30 segundos na cabeça da Sofia no seu maior pico de ansiedade. Ou 30 segundos na cabeça de alguém que estivesse a passar por pensamentos obsessivos… ou qualquer outra questão de saúde mental”, disse António Raminhos.
“E se alguém vier dizer: ‘Ah! Mas eu também tenho os meus problemas, também gostava que experienciassem o mesmo’. Então, a única resposta que posso dar é: ‘Se também tens as tuas questões, é fácil entender então que todos nós temos algo por resolver que o outro não compreende. Que somos feitos de várias dimensões, que o facto de eu não ter as mesmas opiniões, clube, ou até ser má pessoa não me torna imune a tudo o resto’. E isto vê-se cada vez mais por essa Internet fora”, observou António Raminhos.
“Julgamentos na praça pública completamente descontextualizados sobre os mais variados temas. Ódio gratuito, com o único objetivo de se ser visceral. Todos cometemos erros, todos temos maus dias, gostos contrários, atitudes menos boas, mas todos temos também um caminho e uma batalha interna que ninguém conhece”, referiu António Raminhos.
“Empatia e compaixão também são valores de Abril”, rematou.
