António Raminhos é uma voz ativa nas questões relacionadas com saúde mental e partilha, frequentemente, com quem o segue a sua batalha contra a ansiedade. Esta quinta-feira, dia 11, o humorista voltou a fazer um relato de um episódio pelo qual passou.
“Cara de quem ia passar por uma determinada rua, mas cujas as obras presentes o deixaram desconfortável porque podiam ter muitos pós prejudiciais e teve de escolher outro caminho mais “seguro”. E que agora ficou a pensar que exactamente por ter evitado essa rua, que só na sua cabeça era insegura, vai passar por uma outra realmente perigosa como castigo divino e ficar condenado”, começou por contar na sua mais recente publicação na sua página de Instagram.
“Às vezes há dias assim, Em que vamos com confiança para superar um medo, mas no momento, tudo volta atrás. Mas evitar o perigo não acaba com a obsessão ou ansiedade. Depois vem a culpa, o sentimento de ridÃculo, a condenação e o tal castigo divino. A mente ansiosa e obsessiva nunca trabalha a nossa favor”, continuou.
Raminhos partilhou que sofrer de ansiedade é viver num “mundo fatÃdico que só existe na nossa cabeça”. “Aliás, o perigo imaginado é pior do que o real, porque na nossa cabeça somos o realizador, produtor e ator de qualquer obra e com acesso aos melhores efeitos”, acrescentou.
O humorista contou que acabou por não passar na referida rua, mas que, mesmo assim, “vieram todos os outros pensamentos catastróficos”. “Encostei o carro, respirei fundo, aceitei o momento, deixei esses gritos de fatalidade a ecoar na minha cabeça e segui caminho”, relatou.
“O importante é seguir caminho, por mais “poeirento” que ele nos pareça”, completou.
