Raminhos utilizou as redes sociais para fazer uma sentida reflexão, ao desabafar sobre as suas emoções. A figura pública escreveu sobre a importância da paciência e da fé, em “momentos de desamparo”.
“Antes de ter fé, tens de ter paciência”. Foi a frase que ecoou no meu íntimo quando uma vez, numa tarde de desamparo, olhei para o céu e fiz um pedido: “Meu Deus, ajuda-me a ter fé”. “Antes de ter fé, tens de ter paciência”. Não foi pensado, nem premeditado, nem sei de onde veio. Surgiu numa espécie de Big Bang da consciência. Nunca uma frase me fez tanto sentido. Nunca esta frase fez tanto sentido como hoje“, começou por escrever no Instagram.
“Ando muito cansado. Trabalho, desilusão com projetos que não avançam, ansiedade com outros que vão começar, a constante necessidade de estar a criar, de estar disponível a quem me aborda, o ajudar os outros, a vida em família que nunca para, as noites que não se dormem em sossego. Sinto as pequenas brechas que se abrem. Obsessões e medos que achava resolvidos esgueiram-se por entre as frinchas. O ar que parece que não chega, a ânsia de querer dar um grito. Como se do nada se abrisse uma boca que rasga o peito“, explicou Raminhos.
“Mas as lições que se aprenderam não estão perdidas no tempo. Essa é a grande diferença. Já passei várias vezes por estas fases e com elas vinha o julgamento: “Outra vez isto?!”, “Pensei que já estava resolvido!”, “Não presto, não consigo, nunca vai mudar, nunca ninguém me ajuda, onda anda o Universo ou lá o que é!” Todas elas foram substituídas por uma: “Antes de ter fé, tens de ter paciência”. E a paciência transforma-se em aceitar onde estou e, sobretudo, tornar-me num simples observador de tudo aquilo de deambula na minha cabeça. Não ir atrás do que a minha mente cria. Saber que estar a passar pelos mesmos medos, não é mais do que um reflexo da vida que levo neste momento e assumir essa responsabilidade“, continuou Raminhos.
“Saber que os apertos no peito são uma porta para perguntas: Tens descansado? Tens-te distraído? Do que tens medo em relação ao trabalho? Consciente, presente, sem pressa. E sei hoje que com a paciência de aceitar cada pânico ou obsessão que me revisita cria-se um espaço entre mim os meus medos e nesse espaço… cresce a fé. A mesma que me diz que tudo passa e que vale a pena aceitar o desconhecido“, rematou Raminhos.
Prontamente, os fãs agradeceram o testemunho a Raminhos: “Obrigada, obrigada, obrigada pelas tuas palavras. Por vezes é mesmo isso e regressarmos a nós mesmos ajuda a salvar-nos no resto. Somos todos tão mais iguais do que queremos assumir“, “Obrigado pelo desabafo. É de facto fundamental descansar o possível, dormir o suficiente e ter paciência” e “Obrigada por mostrares a fragilidade que a todos nos assiste e que a mente nos diz que só nós temos esses conflitos…obrigada!“.