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Raminhos conta peripécias na viagem ao Japão: “Perdi a noção do tempo e perdi o segundo avião”

"A meio da viagem dei por mim a pensar: ‘que horas são? E de que ano? Será que as minhas filhas já acabaram a faculdade?’”

Ana Ramos
5 min leitura
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António Raminhos viajou, esta segunda-feira, para o Japão e tem descrito algumas peripécias do que tem encontrado no caminho.

“Acabei de chegar a Tóquio, três aviões e três fusos horários depois. Saí de casa às 6h45 da manhã do dia 2 e cheguei ao Japão às 22h do dia 3. A meio da viagem dei por mim a pensar: ‘que horas são? E de que ano? Será que as minhas filhas já acabaram a faculdade?’”, brincou.

“Perdi a noção do tempo e perdi o segundo avião! O primeiro contratempo para um tipo que gosta de controle. Mas o estar acompanhado pela comitiva lusa talvez tenha ajudado. Fica sempre aquela ideia de ‘se me perder… perdemo-nos todos!’. O que, se formos a ver, é um sentimento muito pouco empático. É como alguém dizer que prefere viajar de avião com a família ou conhecidos já que assim se morrer, morre acompanhado! Porque a morte deve ser uma coisa divertida para se fazer aos pares”, ironizou ainda António Raminhos.

Contudo, António Raminhos explicou que ficou “tranquilo e nem houve espaço para grandes divagações”: “Acho que mais pelos anos de terapia e algum autoconhecimento que me levam a dizer ‘tudo passa… tudo se resolve’”.

“Aeroportos organizados e tripulações simpáticas também ajudam! Eram chineses muito alegres com a vida, como este senhor na foto. Olha, lá está! Uma boa pessoa para se morrer com… Foi pouco depois que me separei do resto da equipa. Estou num hotel diferente e segui caminho”, relatou António Raminhos.

“A entrada no metro é o primeiro contacto com um mundo à parte. Esqueçam a linha azul e amarela e o boda. São 13 linhas e 300 estações… foi respirar fundo e perguntar tudo como os malucos. Quando não falam inglês, que é sempre, (vá quase) é apontar e dizer os nomes”, descreveu António Raminhos.

“Amanhã começam as dúvidas sobre o que comer (já que não como carne) e como me deslocar para todo o lado. A dúvida é normal, o ruminar e ficar preso nela, não. Amanhã logo se verá. Tudo passa, tudo se resolve”, sublinhou António Raminhos.

Já esta quarta-feira, o humorista contou como foi a passagem por Tóquio e Akihabara: “Não há caixotes de lixo em Tóquio. Não há! Ou então são muito difíceis de encontrar! Se calhar, é um daqueles gameshow japoneses em que, quando encontrar um, salta lá de trás um peluche gigante a oferecer-me dois milhões de ienes, tudo nisto ao som de música estridente”.

“Não há caixotes de lixo, mas também não há lixo no chão. O que me leva a pensar: o que fazem os japoneses com o lixo? Só eu já tinha a garrafa de água vazia, papelinhos disto e daquilo, que fui acumulado na mochila. É isto que eles fazem também? É possível. Ou então reciclam automaticamente através de uma máquina instalada no seu corpo”, considerou António Raminhos.

“Máquinas são coisas que não falta em Akihabara. A zona da eletrónica da cidade. E eles têm uma pancada muito forte com as máquinas de brindes. São aos milhares, literalmente! Até eu andei lá! Entrei numa loja composta por cinco pisos entre estas máquinas, outras de fotos, de jogos arcade! O som das máquinas misturava-se com música eletrónica. Era uma espécie de Bershka do gaming. E atenção que isto foi às 10 da manhã”, disse ainda António Raminhos.

Mais tarde, António Raminhos encontrou “aquele que é considerado o melhor ramen vegan de Tóquio”: “O restaurante era dentro do metro, como é hábito por aqui, até porque as estações são do tamanho do Colombo na horizontal. São centenas de lojas debaixo de terra, numa confusão de linhas e ruas”.

“Mas Akihabara não tem só lojas de cinco andares de gaming. Tem também lojas de sete andares de produtos marotos. Amanhã mostro”, anunciou António Raminhos.

Conforme já tinha anunciado em agosto, António Raminhos viajou até ao Japão para participar no campeonato do mundo de Shorinji Kempo.

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