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Raminhos comenta depoimento sobre depressão e mostra-se revoltado: “Que gente fraca…”

"Este 'chefe' tem tudo menos capacidade para estar numa posição de chefia", afirmou Raminhos.

A Televisão
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Raminhos decidiu utilizar as redes sociais para abordar o tema “depressão”. Após ler um depoimento sobre a doença, o humorista sentiu-se na obrigação de se pronunciar sobre o tema.

Na imagem publicada por Raminhos, pode ler-se: “Há pouco tempo, uma pessoa que acompanho em consulta por depressão disse-me que, ao regressar ao trabalho depois de estar de baixo por causa dessa mesma doença, foi surpreendida com a decisão da sua chefia retirar-lhe todo o trabalho de responsabilidade que antes executava. Para justificar essa decisão, o chefe terá dito que percebia perfeitamente que uma pessoa pudesse estar de baixa por depressão, mas que jamais seria de confiança para funções mais importantes, porque “nunca se sabe se está bem da cabeça”. Terá ainda acrescentado: Sabe, eu já sei que agora toda a gente tem depressão, mas não consigo empatizar com quem se entrega a essa doença“.

Raminhos decidiu pronunciar-se sobre as palavras e testemunho publicados. “Li este depoimento do meu companheiro e psiquiatra e deixou-me com uma dor de cabeça que nem imaginam. O pior é que já ouvi outros relatos do género. Este ‘chefe’ tem tudo menos capacidade para estar numa posição de chefia. Tem sobretudo ignorância, crenças, estereótipos, insensibilidade, desconhecimento e idiotice a montes“, começou por escrever, na legenda da publicação feita no Instagram.

Frases como ‘eu sei que toda a gente agora tem depressão’ (também podia substituir-se por ansiedade… já ouvi essa) ou ‘não consigo empatizar com quem se entrega a essas doenças?’… Entrega? ENTREGA?! Realmente, também não sei como é que a minha mãe se entregou ao cancro… ou como é que o meu amigo se entregou ao atropelamento de que foi alvo! Que gente mais fraca! Precisamos de mais chefes como estes, pessoas que não se entregam, nem são fracas de cabeça… porque já não a têm“, rematou Raminhos, mostrando-se revoltado.

Já ouvi tanta coisa em consulta que fico estupefacta. Seja por parte de familiares, chefes, profissionais de saúde, entre outros. Se normalizássemos a saúde mental como normalizamos a saúde física seríamos mais informados ao ponto de não dizer isto a uma pessoa. Empatia, não julgamento e humanidade, isso, sim, é o que o chefe precisa” ou “Raminhos isso é muito mais frequente do que aquilo que se imagina! Infelizmente“, são alguns exemplos de comentários feitos pelos internautas.

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