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Quentin Tarantino ameaçou colaboradores por causa de telemóveis

A. Oliveira
3 min leitura
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“Era uma vez em… Hollywood” é a mais recente obra de Quentin Tarantino e, tal como todas as outras, volta a trazer muita polémica. 

Desta vez, o realizador é notícia pela forma como caricaturou Bruce Lee, mas também por ter ameaçado a sua equipa se fossem vistos com telemóveis na mão.

A polémica em torno dos telemóveis é já antiga, com Tarantino a repudiar com veemência esse elemento do dia-a-dia de qualquer pessoa do século XXI. O ator Timothy Olyphant revelou que o realizador despedia todos os que fossem vistos com um telemóvel nas mãos durante as gravações das suas produções.

“Nenhum telemóvel é permitido. Se tirares um do bolso? És despedido. Não há nenhum aviso. Vais para casa naquele momento. Não estou a brincar”, reproduz a Insider aquela que terá sido a ameaça feita à equipa.

Caso houvesse necessidade de, por um motivo maior, alguém fazer uma chamada, deveriam sair dos estúdios e dirigirem-se às cabines telefónicas montadas nas imediações dos estúdios de produção. O motivo? Algum elemento dos filmes ser revelado antes do lançamento no cinema.

Sobre o universo tecnológico, o realizador tem uma opinião muito própria, mostrando-se contra as plataformas de streaming como a Netflix e a HBO – que considera serem “deprimentes”. Tarantino prefere também gravar em 35mm do que em formato digital.

“No que me diz respeito, a projeção digital é a morte do cinema. É simplesmente como ver televisão, mas no cinema. Estou esperançoso de que, embora esta geração esteja perdida, a próxima seja mais exigente e queira o produto real. Espero mesmo que a próxima geração seja mais inteligente do que a atual e percebam aquilo que perderam”, defendeu em entrevista com a IndieWire.

O email também é algo que faz bastante confusão ao realizador que tem em Brad Pitt um dos atores de eleição. Foi, aliás, o ex-marido de Angelina Jolie a garantir que Tarantino “não tem conta de email”. O ator foi mais longe e revelou à BBC1 que para contactar o realizador tem de ligar para o número fixo e deixar uma mensagem num atendedor de chamadas antigo que já (quase) ninguém usa.