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“O quê que a Marta Temido tem a menos que o Galamba? É que a sua demissão o Costa aceitou”

Marta Temido respondeu às questões da rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar”.

Ana Ramos
5 min leitura
Rádio Renascença

Marta Temido esteve, esta quarta-feira, no programa “As Três da Manhã”, na Rádio Renascença.

Ana Galvão questionou: “O que é que a Marta tem a menos que o Galamba? É que a sua demissão o Costa aceitou na hora”. Entre risos no estúdio, a ex-ministra da Saúde disse: “Se calhar, as mulheres são mais persuasivas”.

“Acha que estava com mais vontade de sair do que o Galamba?”, quis saber Joana Marques. “Eu sou um bocado teimosa… não digam a ninguém”, comentou Marta Temido.

Ana Galvão perguntou também: “Quantas vezes estava a discutir com o comandante Gouveia e Melo e pensou ‘Esta pessoa toda armada está armada em parva’?”. “Nisso vez nenhuma até porque a altura do vice-almirante Gouveia e Melo não permitia pensar qualquer coisa desse tipo”, respondeu a ex-ministra da Saúde.

“Ficava com torcicolos a falar com o ‘xor’ Henrique?”, perguntou Inês Lopes Gonçalves. “Isso, isso”, atirou Marta Temido.

Inês Lopes Gonçalves continuou: “Como muitos portugueses, também foi afetada pela pandemia. Ficou com sequelas por ter apanhado Graça Freitas?”. “Não”, respondeu, entre risos.

“Faz parte do grupo das Concas?”, disse Joana Marques. “Não faz parte do grupo das Concas, mas faz parte de um grupo de afetos, porque aquilo que passámos em conjunto também não se deseja a ninguém e é uma grande mulher”, sublinhou Marta Temido.

“Continuamos a falar, não como com as Concas, é outro relacionamento, mas já não fazemos conferências de imprensa juntas… mas eu tenho um bocadinho de saudades disso”, continuou.

“Na pandemia, afirmou que os privados não ajudavam o SNS, mas, depois de sair do Governo, já disse que os privados, afinal, até foram solidários. O que é que a fez mudar de perspetiva? Foi a perspetiva de ir para a administração da CUF?”, perguntou ainda Joana Marques.

“Não, de maneira nenhuma. Não faço a menor ideia do que se passa na administração da CUF. Eu tive convites para ir para o setor privado, mas nunca fui e isso foi antes de ser ministra. Mas a questão não é essa”, explicou.

“Houve, de facto, duas fases na pandemia e houve uma primeira fase, em que as coisas correram muito mal, e houve uma segunda fase, em que só conseguimos sobreviver porque conseguimos juntar e eu acho que isso fez parte da circunstância de a pandemia ter durado. O horror de tempo que durou e nós termos aprendido ao longo do processo”, acrescentou Marta Temido.

Inês Lopes Gonçalves disse ainda: “Usou a palavra criminoso ao falar de enfermeiros e pediu desculpa. Falou em mais resiliência dos médicos e pediu desculpa. Sente que faltou um pedido de desculpa aos auxiliares porque foram os únicos que a senhora não se dignou a ofender?”.

“Sou um bocado mal jeitosa com as palavras e ainda hoje sou, quando comecei a vida política ainda era mais mal jeitosa e, às vezes, utilizo, não penso suficientemente antes de utilizar determinadas palavras e as coisas correm-me mal. Correm-me mal e magoo as pessoas. Não há muita volta a dar a não ser ‘Olhem, não era isso que eu queria dizer. Desculpem’”, justificou Marta Temido.

No final da rubrica, Joana Marques ainda falou sobre os entes da deputada do PS: “Cristina Ferreira fez-lhe uma pergunta horrível e indecente sobre os seus dentes desalinhados e a Marta respondeu – e bem – que não tinha tempo para os alinhar. Bom, agora que já não é ministra há nove meses, qual é a desculpa para ter os dentes na mesma?”.

Após alguns risos no estúdio, Marta Temido respondeu: “É uma excelente pergunta, mas acho que já não vai dar”. “A minha dentista disse-me que não valia a pena tanto sofrimento, dado que os dentes são saudáveis e que era uma questão estritamente estética e que eu não iria ter paciência para as vezes que ia ter de ir lá apertar o aparelho”, clarificou.

“Achei que ela me conhecia bastante bem e que era minha amiga e que tinha toda a razão. E, embora eu não goste do dente ou dos dentes em geral, pronto, enfim, o que é que se há de fazer?”, rematou Marta Temido.

Veja aqui o programa.