Nuno Markl teve uma fase de “tristeza profunda” que só era apaziguada durante as horas de trabalho. O radialista necessitou mesmo de fazer terapia.
Foi no podcast ‘Reset’, de Mariana Cabral (Bumba na Fofinha), que Nuno Markl falou sobre uma fase bastante negativa pela qual passou. Segundo ele, chegou ao ponto de não conseguir distinguir entre o personagem criado com ‘O Homem Que Mordeu o Cão’ do seu próprio eu.
“Percebi que se calhar estava a transformar-me só nisso. A partir do momento em que me acontece uma coisa e a minha primeira tentação é ver se vai dar um bom texto na rádio e de repente começo a ver que as pessoas na minha família sabiam de coisas via rádio porque eu já não falava com elas… Para mim tudo era material de comédia“, contou.
Depois, revelou que os fins de semana eram os piores, dado que ficava mais sozinho e se punha a pensar na vida.
“As noites e as manhãs de fim de semana, quando estava sem o meu filho, eram muito duras porque era o tempo em que estava a pensar naquele beco em que estava e do qual parecia que só conseguia sair através do trabalho“, recordou.
“Durante a semana estava mais ou menos apaziguado porque estava a trabalhar e a achar que conseguia fazer terapia a mim próprio por via da comédia, mas na verdade não, só estava a cavar um buraco mais e mais fundo“, acrescentou.
Nuno Markl disse ainda que “estava num estado de confusão tremendo” e de “tristeza profunda” e que começou a pensar que já não sabia se “o que estava a dizer na rádio era a personagem” ou se ele próprio era aquilo. Aconselhado por Vasco Palmeirim, acabou então por fazer terapia e conseguir recuperar.
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