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Nuno Markl comenta ‘polémica’ com os Coldplay: “Já não são os meus Coldplay, mas nunca lhes guardei rancor por isso”

"Vejo apenas uma banda outrora alternativa, influenciada pelos Radiohead, que a dada altura decidiu ser descaradamente pop...", afirmou Nuno Markl.

A Televisão
3 min leitura

Como já é habitual, Nuno Markl utilizou as redes sociais para dar a sua opinião, desta vez, sobre uma ‘polémica’ que se instalou sobre a banda Coldplay.

Certo: os meus Coldplay já não são estes. São os de Parachutes, A Rush of Blood to the Head, X&Y. Mas quando leio malta dizer que se renderam à mediocridade, não deixo de ficar um bocado arrepiado. Não posso ver nenhum dos concertos de Coimbra por meras questões de agenda, porque não sendo meus os Coldplay de A Head Full of Dreams, Mylo Xyloto, Music of the Spheres, etc, aquilo que fui vendo e sabendo dos shows de Coimbra em nenhum enquadramento pode ser considerado mediocridade“, começou por escrever Nuno Markl, na legenda da publicação feita no Instagram.

Vejo apenas uma banda outrora alternativa, influenciada pelos Radiohead, que a dada altura decidiu ser descaradamente pop. E porque não? Se perderam malta como eu, outras pessoas terão ganho. Ser descaradamente pop, construir um espetáculo gigantesco como este dá um trabalho do cacete e exige criatividade. O que se vê nos concertos deles é um grupo de pros absolutos que deixou de fazer pequeno cinema independente para criar blockbusters maiores-que-a-vida. Se é mais oco? Para mim, será – basta comparar o que senti quando ouvi Trouble pela primeira vez com o que senti quando ouvi a cantiga deles com os BTS pela primeira vez“, continuou o humorista.

Mas o facto de já não serem para mim não significa que sejam fezes. Desde o tremendo aparato visual e conceptual até à simpatia de chamar jovens fãs ao palco para tocar / cantar com ele, Chris Martin é uma estrela estratosférica no completo domínio do que é ser uma estrela estratosférica. Lembro-me sempre das palavras de um amigo próximo de Martin, Ricky Gervais. Dizia Gervais que não percebia o ódio visceral contra Chris Martin e os Coldplay; em último caso são um grupo de artistas perfecionistas a trabalhar no duro para serem bons no caminho que decidiram seguir“, explicou ainda.

Já não são os meus Coldplay, mas nunca lhes guardei rancor por isso. Talvez este sentimento seja démodé na era em que o ódio é a banalidade das redes, mas respeito estes sujeitos“, rematou Nuno Markl.

É impossível não gostar deles depois de ver um monumental espetáculo em que tudo é pensado e perfeito“, “Uns acham que dá style dizer que não já gostam sem sequer saber justificar o porquê. Outros para aproveitar mais um bocadinho para destilar a raiva interior que não sabem gerir” ou “É assim mesmo, tudo dito. Parabéns Estes sujeitos fazem muita gente feliz, transmitem muito boa energia e o mundo precisa disso“, são alguns exemplos de comentários feitos nas redes sociais de Nuno Markl.

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