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Nuno Markl comenta declarações de Léo Caeiro: “Não faço ideia quem é”

“Porque é que é mais grave quando se insulta uma mulher com base nisso? Porque a verdade é que nós, homens, temos um confortável lugar de privilégio", disse Nuno Markl.

Ana Ramos
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Léo Caeiro criticou, esta terça-feira, Carolina Deslandes e Nuno Markl por não terem defendido Nuno Azinheira. O locutor comentou, entretanto, a polémica.

Num story no Instagram, Nuno Markl partilhou o título de uma notícia “Léo Caeiro atira: ‘Carolina Deslandes e Nuno Markl vocês são uns covardes que só querem aparecer’” e escreveu: “A parte mais gira disto é que não faço ideia quem é Léo Caeiro, nem faço ideia do que disseram sobre o Nuno Azinheira (profissional que muito estimo). Estou, no entanto, mais interessado em saber no que foi dito sobre o Nuno do que em saber quem é o Léo”.

“Tive de perguntar ao Nuno o que tinham dito dele e ele explicou-me”, continuou, referindo que sente que está “a ser insultado sem saber porquê”.

“Eu e ele já estamos um bocado habituados a referências a panças (ele está mais elegante do que eu)”, referiu ainda Nuno Markl.

“Entretanto, mudámos o rumo da conversa para outros caminhos mais interessantes… Portanto, continuo sem saber quem é o Léo”, terminou.

Mais tarde, Nuno Markl fez também uma publicação nas redes sociais sobre o assunto: “O meu nome é Nuno Markl e sou chamado de gordo – e variações disso – quase todos os dias por estas redes. Não me afeta muito; reconheço que devia comer menos pão, mas – não sei se estão a par disto – eu gosto muito de pão”.

De acordo com o locutor, “num mundo ideal, nem homens nem mulheres deveriam ser insultados com base no seu físico”: “Mas creio que já todos percebemos que este mundo não é ideal, muito pelo facto de a Humanidade ser, genericamente, má pessoa”.

“Porque é que é mais grave quando se insulta uma mulher com base nisso? Porque a verdade é que nós, homens, temos um confortável lugar de privilégio. Nós tendemos a ‘envelhecer bem’. Os grisalhos tendem a ficar ‘um charme’. As mulheres – sobretudo as que têm trabalhos públicos e mais concretamente na televisão – estão sempre debaixo de um escrutínio do qual nós, homens que trabalhamos na televisão, nos safamos sempre”, comentou Nuno Markl.

“Nós podemos ser grisalhos e gordos na TV; às mulheres a pressão – por vezes alvo de crónicas de profissionais da imprensa – para que sejam esbeltas e jovens é incomparavelmente maior e mais cruel”, continuou.

“É por isso que quando alguém escreve o que se escreveu sobre a Maria Botelho Moniz há umas semanas várias pessoas manifestaram o seu apoio para com ela, e quando se escreve o que se escreveu sobre o Nuno Azinheira (e que foi incomparavelmente mais doce), o mundo tende a seguir o seu caminho”, explicou Nuno Markl.

“Troquei umas mensagens com o Nuno sobre isto. Ele não deu grande importância. Eu também não”, acrescentou.

“Agora, se sou cobarde? Eh pá, sou: a mim não me apanham a fazer saltos de paraquedas, bungee jumping e montanhas russas. Juro que me borro todo”, ironizou ainda Nuno Markl.

 

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