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Nuno Markl: “Bastou uma dentada matinal num pão para voltar tudo”

Nuno Markl mostrou-se fascinado com a forma como as memórias funcionam.

Ana Ramos
2 min leitura
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Nuno Markl fez uma partilha, este domingo, nas redes sociais, sobre um pequeno-almoço que recordo memórias.

“A maneira como as memórias funcionam nunca deixa de me espantar”, começou por afirmar o locutor.

“Esta manhã pedi pequeno-almoço através de uma app. Encomendei pão de uma pastelaria aqui da zona sem estar à espera de nada de transcendente – apenas pão fresco. Bastou uma trincadela para, qual crítico gastronómico do Ratatouille, uma cascata de memórias surgir e eu ficar à beira das lágrimas”, contou Nuno Markl.

“É que o pão tinha o exato sabor e consistência do pão de uma das mais lendárias padarias da minha infância: a padaria do Nina, na Rinchoa. Quando a Rinchoa ainda era uma floresta de árvores e não de prédios, o meu avô desenhou e construiu lá uma ‘casa de campo’. No tempo em que a distância entre Benfica e a Rinchoa parecia maior. Parecia – e era – férias”, continuou Nuno Markl.

“Então bastou uma dentada matinal num pão para voltar tudo: não apenas as nossas idas ao pão do Nina, mas tudo: as pessoas, os cães da minha infância, a casa, o jardim, a pequena fonte, o caminho matinal até à vila para as compras do dia, as revistas do Patinhas no quiosque da estação, e de novo a casa e o jardim”, descreveu Nuno Markl.

“Um lugar mágico e precioso, palco de muitos verões em família, parte considerável dessa família a habitar apenas as nossas memórias, por estes dias. A casa também: despedimo-nos dela há uns anos, sem mágoa. Já era eterna em nós”, recordou Nuno Markl.

Nuno Markl referiu ainda que usou “um gadget impensável naqueles tempos” para visitar a referida padaria em street view: “O resto veio atrás, com menos tecnologia e mais memória e papel fotográfico. As lágrimas que quase caíram não eram de tristeza por coisas que já não voltam – eram de alegria por tê-las vivido”.

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