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Nuno Gomes sobre fim da carreira: “É mesmo uma mudança drástica”

"Acho que se devia falar mais sobre isso."

Ana Ramos
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Nuno Gomes esteve, esta quarta-feira, na Rádio Renascença, à conversa com ‘As Três da Manhã’ e falou sobre o fim da sua carreira como jogador de futebol.

“Acho que se devia falar mais sobre isso e, hoje em dia, já se fala mais porque é um tema… passa rápido. Embora agora eu acho que se fala mais nisso e que há essa preocupação de preparar os jogadores para o pós-carreira”, começou por dizer.

“Se calhar, no meu tempo, foi quando se começou a dar os primeiros passos para preparar melhor esse período. Antigamente, era muito difícil, porque é mesmo uma mudança drástica e é mesmo da noite para o dia. Acabas o teu último jogo da carreira e, no dia seguinte, de manhã já não … são 20, 25 anos com a mesma rotina”, continuou Nuno Gomes.

“É mesmo de um dia para o outro que tudo acaba e se altera e, se os jogadores não tiverem o foco ou anteciparem aquilo que querem fazer, o que é que gostam de fazer, o que é que gostariam de fazer e se prepararem para isso, há ali um período em que andam ali um bocadinho às aranhas, como se costuma dizer”, afirmou Nuno Gomes.

Nuno Gomes contou que, hoje em dia, já há pessoas dedicadas a “ensinar os jogadores de futebol e até a prepará-los melhor para a gestão financeira das suas contas, das suas poupanças”: “Mas eu, pessoalmente, nunca fui aquela pessoa de entrar em tudo o que é negócio ou de arriscar”.

“É um risco calculado e, portanto, nunca fui de me meter em grandes negócios que não dominava e que fugissem da minha área, que eu acho que conheço minimamente e, portanto, há muitos casos de, mas não é só no futebol, é na vida, que se metem em negócios que depois correm mal. Mas, hoje em dia, também para isso os jogadores têm pessoas que os podem ajudar e há um maior conhecimento e depois também há o conhecimento dos erros do passado. Acho que as gerações vão passando e vão aprendendo com os erros dos outros”, comentou Nuno Gomes.

Nuno Gomes falou ainda que nunca lhe “passou pela cabeça ser treinador”: “Não senti o chamamento”. “Eu acho que era capaz de ter jeito, mas eu acho que tem a ver com eu ter pensado que o estilo de vida de um treinador ainda é pior do que de um jogador”, referiu Nuno Gomes.