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Morreu um dos melhores da vida de Bruno Fernandes

"Conheces-me desde os meus primeiros dias de vida e foste a primeira pessoa que me fez acreditar na frase - Não é preciso ser de sangue para ser família".

Duarte Costa
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Bruno Fernandes está de luto pela morte do “padrinho”, uma figura anónima que começou por ser vizinho do jogador e que o conhecia praticamente desde a sua nascença.

Vizinho, amigo, tio e mais tarde padrinho por escolha minha. Começámos como vizinhos porque vivíamos no mesmo prédio e com o passar do tempo apercebi-me de que éramos amigos. Fui crescendo e passaste a ser o Tio Raul. Conheces-me desde os meus primeiros dias de vida e foste a primeira pessoa que me fez acreditar na frase – Não é preciso ser de sangue para ser família“, começou por escrever na legenda de uma fotografia na qual surgem lado a lado.

Não foste tu quem esteve comigo quando fui batizado, mas foste tu quem eu escolhi mais tarde para ser o meu padrinho! Prontamente tu e a madrinha aceitaram, até porque nós já nos tínhamos escolhido mesmo sem perguntar. Não esqueço todas as vezes que as 23:00 horas estavas tu no campo da Pasteleira, mesmo em noites frias e chuvosas. Demorava para tomar banho e era sempre dos últimos a sair. Tu reclamavas em tom de brincadeira e a acenar com o meu lanche misto na mão que tu fazias questão de comprar todas as vezes“, relembrou.

Foram muitas as apostas para eu marcar golos ou não levar amarelos por reclamar, mas a mais habitual – e até mais conveniente para ti e para meu pai – era prometer-me sair do campo do Ramaldense após um jogo e ir comer uma sandes de presunto à famosa Tasca da Badalhoca, se conseguisse ganhar a aposta“, recordou ainda Bruno Fernandes, que admitiu ainda que “tinha muitas mais histórias para contar” sobre Raul e o quanto se orgulhava de lhe poder chamar “padrinho“.

Na última vez em que estivemos juntos foi nesta fotografia, onde te entreguei a prometida camisola do Mundial pela nossa seleção e vi-te pela primeira vez com as lágrimas, o que me deixou de coração cheio porque percebi que eram lágrimas de orgulho e felicidade por veres tudo o que conquistei“, lembrou.

Antes de vir embora, prometeste-me algo que ambos gostávamos. Que assim que saísses e estivesses bem íamos tomar o pequeno-almoço à moda antiga e que tu sabias que é a minha preferida quando estou em Portugal: uma meia de leite e uma torrada! Não tivemos essa oportunidade, mas assim que nos voltarmos a reencontrar vou cobrar esse pequeno-almoço. Até já, padrinho“, acrescentou ainda Bruno Fernandes, emocionado.

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