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Milionário morreu com segredos de Trump e Príncipe André

A. Oliveira
3 min leitura

Jeffrey Epstein foi talvez um dos homens mais misteriosos e enigmáticos que passou pelas mãos da justiça norte-americana, tendo sido, simultaneamente, um dos que mais poder ganhou graças ao dinheiro que tinha e à forma como se servia das mulheres para ‘calar’ políticos com importância mundial.

O multimilionário surpreendeu a população das Ilhas Virgens quando comprou uma ilha, vedou-a e deu-lhe uma nova vida onde o álcool e as mulheres, sobretudo menores, eram as protagonistas.

A história macabra de como ele próprio treinava as mulheres para depois serem instrumento sexual de muitos políticos e empresários viu a luz do dia pela primeira vez em 2008, mas só agora, em 2019, se conhecem alguns dos contornos mais rocambolescos em torno de um homem que acabou por se matar na prisão.

O empresário que era o cabecilha de uma rede de tráfico sexual era um dos que melhor se movimentava junto de políticos e homens de dinheiro. Tornou-se próximo da família Clinton, manteve sempre uma relação de amizade com Donald Trump e sempre que podia visitava o seu grande amigo Príncipe André em Inglaterra.

Trump, por exemplo, terá dito nos anos 90 que Epstein era “uma companhia muito divertida”, revelando que conhecia o gosto do empresário por mulheres jovens e bonitas.

Numa das últimas entrevistas ao The New York Times, tal como refere a revista Sábado, o multimilionário terá revelado que “a maioria das pessoas com ele se relacionava lhe confiavam as suas histórias e nem se sentiam envergonhadas por isso, porque qualquer coisa que contassem seria inócua comparada com o passado dele”. Foi, aliás, desta forma, que conseguiu conhecer os segredos mais importantes de muitas das personalidades com que se cruzava.

No entanto, o milionário não estava sozinho no negócio e contava com o apoio de Ghislaine Maxwell, uma socialite britânica com a missão de angariar clientes milionários para as raparigas traficadas, recrutando e educando muitas delas.

A teia de clientes do milionário envolve nomes como Glenn Dubin (empresário), o príncipe André, Donald Trump, Bill Richardson, George Mitchell e Marvin Minsky, com todos a serem referenciados no processo exposto agora em 2019.

Agora, com a morte de Epstein, as vítimas da rede de tráfico sexual viram reduzidas as esperanças de verem a justiça ser feita.