Miguel Vicente esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, esta sexta-feira, na TVI, e falou sobre a sua desistência do “Big Brother – Desafio Final” a 6 de fevereiro.
O ex-concorrente e vencedor da edição de 2022 do “Big Brother” referiu que, se fosse hoje, teria igualmente tomado a decisão e até mais cedo, “logo na noite de terça-feira, quando o ‘Big Brother’ deu aquela atribuição”, após a polémica causada entre Miguel Vicente e Bruno Savate.
“Encarei como uma grande injustiça, porque senti que, muitas vezes, algumas atitudes de outros concorrentes eram camufladas ou passadas em branco, enquanto as minhas eram extrapoladas”, começou por explicar Miguel Vicente, referindo-se a Noélia Pereira, Bruno Savate e Francisco Monteiro.
“Várias vezes eu vi e agora cá fora – daí eu estar a afirmar com tanta convicção – que muitas frases, insultos que foram feitos a mim eram camuflados, não passavam cá para fora, nos ‘Diários’. Podia aparecer num excerto num ‘Diário’, mas, por exemplo, na gala, não apareciam coisas que a Noélia me tinha dito, que o Savate me tinha dito, que eu era isto, que era aquilo… Não vale a pena estar aqui a dizer o que era porque toda a gente sabe as coisas feias que eu tive de aguentar lá dentro”, continuou.
“Então, isso criou-me alguma indignação e eu não consegui estar a lidar com isso lá dentro. Depois, aquela atribuição em conjunto com o Bruno. Depois, eu fiquei à espera da aprovação do público para saber como as coisas estavam”, afirmou Miguel Vicente.
“Então, está-me a dizer que o facto de o Savate ter sido salvo em primeiro lugar também pesou na sua decisão?”, perguntou Manuel Luís Goucha.
“Claro. Isto foi todo um conjunto. Também o facto de eu ter feito 30 anos teve algum peso, mas, se eu tivesse sido salvo em primeiro, provavelmente, teria continuado”, respondeu Miguel Vicente.
Miguel Vicente referiu que, “quando viu que o público estava a validar aquela atitude” e quando o ‘Big’ decidiu nomeá-lo, bem como Bruno Savate, ficou com “muita confusão” dentro de si: “Perante injustiças e aquilo em que acredito, pá, não consegui mais viver ali”.
“Foi dos maiores atos de coragem que tive na minha vida! Eu nunca consegui dar esse passo, nunca consegui, perante uma situação de pressão, dizer: ‘Ok, se calhar, é melhor parar agora, se calhar, é melhor dar um passo atrás perante tudo o que estava à minha volta’. E eu vi que havia coisas à minha volta que eu não estava a saber lidar”, comentou Miguel Vicente.
Miguel Vicente acredita que chegaria à final desta edição do reality show e que estava “a dar o máximo”: “Chegou a um ponto em que eu comecei a duvidar se estavam a valorizar aquele que é o meu trabalho, que eu estava a dar o máximo. Estou a falar mesmo do ‘Big Brother’, da produção… quando eu comecei a ver a construção de imagens, as galas, o público nas galas”.
“Não estava esgotado nem estava muito cansado. Eu queria sair. Já tinha sido a segunda ou terceira vez que eu tinha manifestado isso, mas, depois, estivemos ali em acordos e acabei por não sair. E eu não queria sair, dentro de mim, eu não queria, mas era tão forte aquilo em que eu acredito que eu pensei que, por mais que eu queira muito chegar aqui ao final e tentar ganhar, eu não posso compactar com o que está a acontecer, porque isto é ir contra tudo aquilo em que eu acredito”, concluiu Miguel Vicente.
“Desistiu do jogo como protesto?”, questionou Manuel Luís Goucha. “Sim”, concordou Miguel Vicente, acrescentando que está “calmo, confiante e seguro” daquilo que é.
