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Miguel Milhão, fundador da Prozis: “Não preciso de Portugal, a Prozis não precisa de Portugal”

A Televisão
7 min leitura

Miguel Milhão, o fundador da Prozis, explicou a sua posição relativamente à interrupção voluntária da gravidez.

Miguel Milhão esclareceu o post que fez este domingo, 26 de junho, na rede social LinkedIn, no qual celebrava o fim do aborto legal nos Estados Unidos.

Através de um direto, de quase uma hora, no YouTube, Miguel Milhão, esteve acompanhado de uma Voz não identificada e também de Sphynx (raça de gato sem pelo) e falou sobre a sua história de vida, leu comentários de internautas e insultou-os e ainda garantiu ser “incancelável”. “Não preciso de Portugal, não preciso da Prozis”, começa por garantir.

“Estas são as minhas ideias, não são as ideias da Prozis. É uma empresa privada, tem acionistas, tem trabalhadores e todos têm opiniões diferentes. Eu sou uma pessoa que sou contra o aborto. Há aqui um montão de gente que é a favor do aborto. Há aqui gente de certeza que já fez um aborto e eu não ando a perguntar ‘fizeste um aborto?’. Que tipo de ideia é esta da destruição da mente de alguém?”, questiona.

O pessoal pode fazer o que quiser, isto não vai mudar. Cada um tem as suas ideias e as minhas ideias são as minhas ideias, não são as ideias da Prozis. A Prozis não tem ideias, a Prozis é uma empresa que vive para produzir bens e serviços, é tão simples quanto isso“, esclarece Miguel Milhão.

O fundador da Prozis lamenta que, nas redes sociais, se tenha apelado a que os influenciadores digitais cancelassem as parcerias com a marca de suplementação alimentar e garante que não é passível de cancelamento. “Eu sou incancelável. É impossível cancelarem-me, e a estas pessoas não. A vida delas, e o que elas fazem, a forma como alimentam as suas famílias, é a vender a sua imagem. Predispuseram-se a ajudarem-me e muitas fizeram-no publicamente”, atira.

Miguel Milhão, vive nos Estados Unidos, e afirma que não vive “integrado na sociedade” e que não aparece porque “não quer, porque não precisa”. O empresário garante que a Prozis não vai ser “manipulada” por esta “mob”, mas que assume que dentro da empresa há liberdade de pensamento.

“Eu não preciso da Prozis”

“Eu não preciso da Prozis, eu nem trabalho na Prozis. Eu nem sou o CEO da Prozis”, reforça.

Sobre a empresa que fundou, Miguel Milhão diz que “a Prozis não precisa de Portugal” e que os produtos são vendidos a um preço inferior do que em outros mercados.

“O pessoal que não se iluda: a Prozis não precisa de Portugal! A Prozis é uma empresa internacional, provavelmente será a marca portuguesa mais conhecida fora de Portugal. A Prozis vive do comércio exterior: 85% do nosso negócio é exportação“, afirma.

Quanto ao mercado português, Miguel Prozis atira: “Vendemos para Portugal, até é dos países onde vendemos mais barato e onde ganhamos menos dinheiro, porque o pessoal aqui também não tem muitos recursos, isto aqui nunca arranca. Adoramos os clientes portugueses, respeitamos, vendemos mais barato aos clientes portugueses, estamos aqui para servir e para construir em conjunto, mas não pensem que dá para mandar a Prozis abaixo, era o que faltava”

A certa altura do podcast, a Voz revela que a Prozis “dá um ano de seguro às mães para os filhos”, algo que o fundador não sabia. “O nosso seguro é top. O nosso seguro é uma cena incrível”, afirma.

Mais à frente, esteve a responder a comentários negativos sobre o seu aspeto físico e Miguel Milhão revelou que nasceu “cego do olho esquerdo” e fruto de uma gravidez adolescente. “A minha mãe tinha 19 anos, era solteira, eu era um candidato fixe para o aborto. Ela pensou diferente. Na altura recomendaram, ela não fez e aqui estou.”

Quanto à sua posição relativamente ao abordo, Miguel Milhão explica que “os bebés que não nasceram estão efetivamente a ganhar direitos”. “Não estou a falar das mulheres, não estou a falar de situação nenhuma dessas. Estou a falar que os bebés estão a ganhar direitos e a natureza está a curar-se. Não tem lógica nenhuma no sistema haver destruição da espécie. Esta cena começou logo a descambar”, lembra.

Com a ajuda da Voz, o empresário mostra um gráfica, onde há linhas horizontais e onde estão marcados vários momentos. “Se tu matares um feto, tu roubas isto tudo. Se tu matares um embrião, tu roubas isto tudo. Depois o pessoal entra naquele debate, onde é que é o ser humano, às 10 semanas, às 12 semanas. Ó pessoal, onde é que vamos por a linha? Às 10 semanas. Se eu me atrasar com um autocarro, às 10 semanas e um dia, já não sou um embrião, já sou um ser humano. Na minha forma de pensar, matar um embrião, matar um feto ou matar um recém-nascido ou matar a criança, ou matar um adulto, é a mesma coisa”, argumenta.

Miguel Milhão revela ainda que “nos Estados Unidos houve 57 milhões de abortos e ninguém quer saber”.

Questionado sobre a possibilidade de se poder abordar em situações como a violação, Miguel Milhão fez o seguinte raciocínio: “Se eu tivesse uma filha que tivesse sido violada, tentava falar com ela e eu cuidava da criança sem problema nenhum. Não consigo sacrificar um inocente pelos crimes de um criminoso.”

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