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Miguel Cristovinho sobre intervenção na campa de Salazar: “Nunca será algo com o qual me identifique”

"Podemos ser pessoas que valorizam a sua liberdade e viver num país democrático mais do que tudo e, ainda assim, não nos identificarmos como determinada forma de o manifestar."

Ana Ramos
2 min leitura
Miguel Cristovinho/Instagram

Miguel Cristovinho partilhou, esta terça-feira, nas redes sociais, uma reflexão sobre a arte a propósito da intervenção realizada pelo artista Bordalo II na campa de António de Oliveira Salazar.

“Arte é para ser apreciada, ou não. Quando gostamos, é sinal que poderá ser para nós. Quando não gostamos, não será”, começou por escrever o cantor nas stories do Instagram.

“Na minha visão do mundo, escolher fazer o que quer que seja de cariz interventivo na campa de um falecido nunca será algo com o qual me identifique. Isto não invalida que valorize quando a arte tem este efeito, de nos fazer questionar e posicionar num ‘identifico-me’ ou ‘não me identifico’”, continuou Miguel Cristovinho.

“Não tenho nada pessoal contra ninguém envolvido. Tenho inclusivamente estima por algumas das pessoas e gosto muito de muitas das que estão publicamente a partilhar o seu apoio a esta expressão, mas sinto que estamos num momento tão polarizador da nossa sociedade que talvez pudéssemos pôr em hipótese focar-nos mais em encontrar-nos nas semelhanças enquanto povo, ao invés de promover ou provocar as nossas diferenças”, comentou Miguel Cristovinho.

“Isto para dizer, a quem talvez se sinta como eu e precise de ler – podemos ser pessoas que valorizam a sua liberdade e viver num país democrático mais do que tudo e, ainda assim, não nos identificarmos como determinada forma de o manifestar”, refletiu Miguel Cristovinho.

“Deixar-vos também o convite para virem a Beja celebrar connosco o 25 de Abril e a Liberdade, onde estaremos, felizmente, a cantar e tocar aquilo que nos apetecer”, rematou.

Miguel Cristovinho
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