Marisa Liz foi entrevistada, recentemente, pela Rádio Renascença e falou sobre o seu novo disco e sobre algumas pressões que sentiu ao longo da carreira.
A cantora explicou que foram “várias coisas ao longo do tempo”, como por exemplo: “Tens o peito tão pequeno… podias pôr alguma coisa”; “É melhor ires de saltos porque, depois, ao lado dos outros ficas muito baixa”.
“Era em coisas pequeninas, que nós transformamos como uma coisa normal e quase que ficavam naquela de eu dizer: ‘Não, mas eu não quero’. ‘Não queres? Porquê?’. ‘Porque eu gosto do meu peito e não sinto essa necessidade’”, comentou, referindo que eram “coisas que as pessoas dizem já numa daquela conversa de café”.
Marisa Liz sublinhou que “as consequências que podem ter em algumas pessoas são graves, porque, se calhar, a pessoa nunca tinha pensado sobre isso e, depois desse comentário, vai pensar ‘mas será que preciso disto?’”.
A artista revelou que, mesmo a nível musical, falaram: “‘Ah! Tens de ser mais pop, tens de ser mais coiso’”. “Eu não tenho de ser p*rra nenhuma”, exclamou.
Marisa Liz lembrou que “nem sempre” lidou da melhor forma com este tipo de situações, porque teve “uma insegurança tremenda”.
“Estas coisas começam a entrar na tua cabeça e eu sempre fui contra isso. Na verdade, quando eu tomava as decisões, eu fazia aquilo que queria, mas não quer dizer que isso não mexesse comigo”, comentou.
Durante a entrevista com Renato Duarte, Marisa Liz falou também do seu novo disco que é o primeiro que faz a solo: “Girassóis e Tempestades”.
“Eu não sabia sequer que tinha tanta coisa para dizer. Eu nunca senti a necessidade de gravar um disco a solo, sendo muito sincera. Não era esse o meu objetivo. Até pensava, se calhar, quando tiver 80 anos, se chegar aos 80, faço um disco de tributo a cantores que eu gostou ou um disco conceptual. Nunca me tinha passado pela cabeça que isto fosse acontecer”, comentou Marisa Liz também no programa “As Três da Manhã”, na Rádio Renascença.
