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Marina Mota chegou a atuar doente: “Fui incutida do espírito ‘o espetáculo não para’”

"Acho que, às vezes, também é bom que as pessoas se apercebam das nossas fragilidades."

Ana Ramos
3 min leitura

Marina Mota foi entrevistada pela filha, Erika Mota, numa conversa transmitida esta segunda-feira no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, e recordou uma altura em que realizou espetáculos mesmo estando doente

A atriz confessou que “não foi por dinheiro” que decidiu trabalhar, mesmo estando com tuberculose: “Ninguém me pagou mais por isso”.

“Acho que era mesmo porque fui incutida no espírito ‘o espetáculo não para’ e do respeito pelo espectador. Ou seja, eu tinha a noção que os espetáculos que eu fiz doente, se não fizesse, estava a mandar 600 espectadores para casa e os meus colegas não sei se iam receber ou não, mas era desconfortável”, afirmou Marina Mota.

“Não estava bem de saúde, obviamente. Tive uma tuberculose pulmonar. Não podia estar bem e fiz três espetáculos no sábado, porque era feriado, e mais três no domingo. Só na folga se resolveu que eu devia, de facto parar um bocadinho. Foi possível fazer. Obviamente que não estava a 100%, mas foi possível”, comentou Marina Mota, que disse que voltaria a fazê-lo, “se conseguisse estar bem”.

“Eu acho que, às vezes, é importante que as pessoas que estão sentadas e que pagam bilhete para nos ver… para já, rendo-lhes tanto a minha homenagem que dou-lhe a minha saúde e a minha doença e eu acho que as pessoas acabam por perceber que é impossível, ao longo de 51 anos a fazer isto, a entregar-me à profissão, que nem sempre fiz bem, nem sempre estive no meu melhor. Agora, fi-lo sempre no mesmo respeito e eu acho que, às vezes, também é bom que as pessoas se apercebam das nossas fragilidades”, acrescentou Marina Mota.

“Eu acho que as pessoas reconhecem-me. É para o público que eu trabalho e a forma como as pessoas me acarinham… e o curioso é que é transversal à faixa etária das pessoas. Esse é o reconhecimento que eu procuro. Não quero mais nenhum, esse chega-me”, rematou Marina Mota.

Veja aqui uma parte da conversa.

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