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Marido de Irina Fernandes desabafa: “A Irina viveu feliz com cancro”

Vanessa Jesus
4 min leitura

Rui, o marido de Irina Fernandes, recorreu ao Instagram este domingo, dia 28 de agosto, para recordar a companheira.

O marido de Irina Fernandes garantiu que a mulher viveu feliz com cancro e hoje ele próprio tenta viver feliz com a ausência dela.

“A Irina viveu feliz com cancro. Estava escrito no presente do indicativo quando ela estava viva, e está escrito no pretérito perfeito agora que já cá não está fisicamente. Iesto foi difícil para algumas pessoas entenderem, provavelmente ainda é. Mas foi altamente inspirador para tantas outras”, começou por escrever.

“Eu que sempre vivi virado de frente para ela estes últimos 2 anos, posso garantir que é a mais pura das verdades. Ela viveu feliz. Não é negação, não é falsa positividade, não é treta. É felicidade. É amor. E é verdade. E foi uma escolha dela…”, acrescentou.

Texto na íntegra: 

“A Irina viveu feliz com cancro. Estava escrito no presente do indicativo quando ela estava viva, e está escrito no pretérito perfeito agora que já cá não está fisicamente. Iesto foi difícil para algumas pessoas entenderem, provavelmente ainda é. Mas foi altamente inspirador para tantas outras. Eu que sempre vivi virado de frente para ela estes últimos 2 anos, posso garantir que é a mais pura das verdades. Ela viveu feliz. Não é negação, não é falsa positividade, não é treta. É felicidade. É amor. E é verdade. E foi uma escolha dela.

Eu agora vivo um pouco do mesmo em relação à morte dela. Tento viver feliz com a ausência dela. Não é negação, não é falsa positividade e não é treta. É amor, e é verdade e é uma escolha minha. Como ela, também eu não me sinto sempre bem. Há momentos de tristeza, saudade densa, e uma falta de tudo o que fazia parte do meu dia e que agora já cá não está. O riso dela. Os olhos intensos com que me olhava. Os abraços. A mim e ao nosso filho. A forma como brincavam os dois. A forma como se provocavam. A forma como se amavam.

Essa falta pesa, com certeza que pesa. Mas esse peso não vai aligeirar se eu não fizer por isso. E faço por isso da mesma forma que a Irina fazia por isso com o cancro. Escolhendo o que me faz bem. Tentando mesmo quando é difícil. Procurando gratidão no que tenho e até no que já não tenho. Amando a vida, as pessoas e as coisas. E permitir que esse amor me seja recíproco.

Não é fácil. É brutalmente difícil. Talvez das coisas mais difíceis que tive de enfrentar. Mas é possível. E onde há possibilidade, há vida.

Apesar de não me sentir sempre bem, vou escolher sempre o que me faz bem. Como eu dizia à Irina, é um “trabalho” para a vida toda. Mas vou tentar sempre. E não me vou sentir mal por me sentir bem. A Irina não se sentia mal por se sentir bem. Eu também não.

Agora vou para a praia.

Rui”

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