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Mariana Mortágua sobre ter irmã gémea: “Corta-nos um bocadinho a individualidade”

“Ninguém, a não ser que tenha uma irmã gémea ou um irmão gémeo, sabe o que é ter uma relação assim tão próxima com alguém."

Ana Ramos
3 min leitura
RTP

Mariana Mortágua esteve, esta quarta-feira, no “Dois às 10”, da TVI, e falou sobre o facto de ter uma irmã gémea.

“Para mim, ela nunca foi igual. Para mim, ela é uma pessoa diferente, mas, para as pessoas, houve fases. Havia fases em que as pessoas diziam que nos distinguiam porque uma tinha um arranhão na cara e, depois, fomos crescendo e isso tornou-se muito mais óbvio”, contou a coordenadora do BE.

Mariana Mortágua revela que ter uma gémea “tem coisas boas e coisas más”: “Ninguém, a não ser que tenha uma irmã gémea ou um irmão gémeo, sabe o que é ter uma relação assim tão próxima com alguém, crescer ao lado de alguém, passar pelas mesmas experiências, estar dentro da mesma barriga. E isso é um elo muito forte e muito especial”.

Contudo, Mariana Mortágua sublinhou que “existe uma proximidade grande que é confundida com telepatia”: “Os meus pais estavam sempre a dizer ‘vocês têm uma linguagem própria’. Não é linguagem nenhuma, nós temos de dizer só metade das palavras e, depois, percebemos o que é que a outra quer dizer porque temos muito essa convivência”.

“Tem os seus problemas, porque corta-nos um bocadinho a individualidade no sentido em que: ‘Ah! Elas fizeram, elas aconteceram’. Qual ‘elas’, fui eu, bem ou mal, fui eu que fiz… gémeas são uma entidade”, acrescentou Mariana Mortágua.

A política de 37 anos foi a primeira a nascer, com dois minutos de diferença de Joana Mortágua. Mariana Mortágua filiou-se no BE em 2009 e Joana Mortágua em 2004.

Entretanto, Mariana Mortágua foi surpreendida com algumas declarações da sua irmã: “Ser a primeira irmã gémea é quase uma imã mais velha”.

“Das primeiras vezes em que me olhei ao espelho e que me dei conta de que estava lá alguém, olhei e apontei para o espelho e disse: ‘Miana’. Portanto, eu reconheci a Mariana no espelho em vez de me reconhecer a mim própria”, recordou Joana Mortágua.

Joana Mortágua afirmou ainda que a irmã “sempre foi mais responsável, mais ponderada”, mas que tiveram “gostos muito parecidos durante algum tempo”: “Eu era a mais terrorista, as piores ideias eram sempre minhas e, depois, ela vinha atrás, mas vinha sempre com alguma cautela. Às vezes, irrita-me que ela seja tão séria”.

“A Mariana é exatamente aquilo que parece ser. Ela é perfecionista, super trabalhadora, é obcecada com a perfeição do trabalho que faz, com a seriedade do seu trabalho. Para coordenadora de um partido, a Mariana é relativamente jovem, tem 37 anos, e isso deixa-nos, obviamente, a todas e a todos na família e no partido muito orgulhosas”, rematou Joana Mortágua.

Veja aqui e aqui uma parte da conversa.