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Marcantonio Del Carlo sobre ser ator: “Às vezes, penso se me apetece continuar nesta vida”

A Televisão
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As férias chegaram ao fim para Marcantonio Del Carlo e o ator partilhou uma mensagem emotiva que não deixou os amigos, colegas e fãs indiferentes.

Marcantonio Del Carlo assinalou o fim das férias com uma reflexão sobre o “lado negro” de ser ator. “E, para já, acabaram as férias. Agora, é cortar barba e cabelo e voltar ao trabalho. Penso no Rogério [Samora], que está a lutar pela vida, no Pipo [alcunha de Filipe Duarte], no [Pedro] Lima, no Bruno Simões, em tantos outros que se foram e que ainda cá estão“, começa por enumerar o artista.

O ator falou de seguida sobre a falta de oportunidades para parte dos seus colegas. “Alguns como eu, felizmente com peças para fazer, filmes para filmar e novelas para gravar. Mas há tantos, demasiados, que lutam, diariamente, para ter trabalho e não o têm. Esta nossa profissão, de atores, não é fácil. Estamos, sempre, dependentes de alguém que nos escolhe, alguém que julga, muitas vezes, sem nos conhecer, porque não nos viu num palco, num filme ou numa novela, num exame na escola de representação que frequentámos”, desabafa Marcantonio Del Carlo.

“Não sabe que somos versáteis, camaleónicos, capazes de calçar 1001 máscaras. Só nos conhece por interposta pessoa ou agora, nos tempos modernos que vivemos, interposta plataforma. Uma foto, um registo digital, uma aplicação de ‘não sei o quê’. Andamos à deriva à espera que o telefone toque e que a oportunidade apareça”, continua Marcantonio Del Carlo.

A nossa não é uma profissão, é um estar na vida que tem muito que se lhe diga, como me disse uma vez um grande professor no Conservatório. Às vezes, penso se me apetece continuar nesta vida de meretriz que nos consome na ribalta cruel do sucesso, que nem sempre acontece. Tento ensinar isso aos meus alunos, explicar-lhes que o sangue é mesmo vermelho, o suor agridoce e as lágrimas são salgadas. A nossa é uma vida de dar e receber muito pouco em troca. Mas, quando a sala aplaude, tudo se esquece e queremos ser, outra vez, artistas. Enfim… As férias também são isso: um tempo para refletir. Como pedia o Solnado: ‘Vou tentar ser feliz!'”, remata.

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